Noticiário mensal dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus

Bom Ano Novo

DIRECÇÃO-GERAL

Carta do P. Teresino Serra aos confrades do Brasil por ocasião da nomeação do P. Enemésio Ângelo Lazzaris a bispo de Balsas.

Caríssimos confrades,

«Este é o dia que o Senhor fez, alegremo-nos e exultemos»


Recebemos com alegria a notícia da escolha do novo Bispo de Balsas na pessoa do P. Enemésio Ângelo Lazzaris, vigário geral do Instituto de Dom Orione. Em comunhão com o Santo Padre pela escolha feita, agradecemos ao P. Enemésio Ângelo por ter aceite esta diaconia episcopal. Estou certo de que Dom Franco Masserdotti se alegra com esta nomeação. Pois, ele também já sonhava com um bispo brasileiro para a diocese de Balsas.
Nós Combonianos, somos todos chamados a uma perfeita comunhão com o novo bispo. Desejo portanto que cada comboniano que trabalha no Brasil, e particularmente em Balsas, seja um bom Simão de Cirene para Dom Enemésio Ângelo. Enquanto um filho de Dom Orione sucede a um filho de Dom Comboni, penso nas palavras de Paolo: «Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento. Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz crescer. Tanto o que planta como o que rega formam um só, e cada um receberá a recompensa, conforme o seu próprio trabalho. Pois, nós somos cooperadores de Deus» (1Cor.3, 6-9).
Continuamos portanto o nosso trabalho em comunhão com o novo bispo e com a paixão missionária recebida de Comboni. Com respeito e estima fraterna, um obrigado de coração ao P. Antonio Guglielmi pela sua dedicação e fadigas assumidas para coordenar a Diocese neste período.

Fraternamente vosso,

12 de Dezembro de 2007
Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

P. Teresino Serra, Superior Geral
e Conselho


Nomeações
Superiores Provinciais nomeados

BNE P. Codianni Luigi Fernando
BS P. Alcides Costa
CA P. Zaffanelli Giovanni
CN P. Tacchella Eliseo
DSP P. Altenburger Josef
E P. Cerezo Ruiz Daniel
EC P. Zendron Claudio
ET P. Tesfaye Tadesse Gebresilasie
I P. Pelucchi Alberto
KE P. Tibaldo Mariano
KH P. Pacifico Salvatore
LP P. Paul Neri Augustine Felix
M P. González Ponce Rafael
MO P. Robol Massimo
MZ P. Dário Balula Chaves
NAP P. Gasparini Luigi
P P. Alberto de Oliveira Silva
PE P. Bustos Juárez Rogelio
RSA P. Sandri Giuseppe
SS ---------
T P. Manuel João Pereira Correia
TC P. Navarrete Arceo Miguel
U P. Filippi Giuseppe

Superiores Delegados nomeados
A P. Glenday David Kinnear
CO P. Villarino Rodríguez Antonio
DCA P. Sánchez González Enrique
EG P. Spadavecchia Cosmo Vittorio
ER P. Sebhatleab Ayele Tesemma

Aos Provinciais e Delegados
A paz de Cristo e a sabedoria do Espírito Santo sejam fonte de bênção para vós, o Instituto, a missão e os confrades que sois chamados a servir.
Agradeço-vos por terdes acolhido a responsabilidade de guiar, coordenar e animar a vossa circunscrição. Juntos, pois, continuamos o caminho em direcção ao Capítulo Geral de 2009.

Damos graças a Deus
Juntamente com a Direcção Geral, e os Assistentes gerais em particular, damos graças a Deus pelos Provinciais e Delegados que terminaram o seu mandato. Ao mesmo tempo que regressam à «terra da liberdade», desejamos a todos um tempo de merecido descanso e um tempo para oxigenar coração, espírito e físico. Trabalhastes com generosidade, espírito de sacrifício e amor para com os confrades. Todos semeastes com esperança e Deus abençoará e fará que as vossas fadigas produzam fruto.

Continuamos o caminho
A Igreja, no Tertio Millennio, confia-nos uma espiritualidade de comunhão. A obediência à missão mantém o Instituto unido e os confrades em sintonia com o carisma Comboniano. Em todo o tempo o serviço da obediência e o da autoridade vivem desafios comuns, que são levados por diante com os dotes e os limites de cada um. Vêm-nos em mente as palavras do centurião romano no evangelho: «Também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; e a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz’» (Lc 7,8).
Ir e vir, dois verbos que comprometem a obediência e a fidelidade à vocação própria e a comunhão entre quem manda e quem é mandado. Quem obedece à sua vocação imita a fé e a disponibilidade do centurião, e vai quando deve ir e vem quando deve vir.
Infelizmente, em muitos casos, a realidade da vida religiosa parece ser outra. E todavia, precisamente por isso, exorto-vos a acreditar sempre na comunhão que é dom de Deus, sabendo que as pessoas, a comunidade, a Província ou Delegação, o Instituto são obra de Deus, coisas santas a guardar com fé. E «quem guarda as coisas santas será santificado» (Sb 6,10).
Desejo a todos um coração humilde, que procura a comunhão na verdade, um espírito paciente que sabe ouvir, uma vontade corajosa que sabe tomar decisões até mesmo desagradáveis e, sobretudo, um coração capaz de ver e servir Cristo em cada confrade.
Recordamos, além disso, que as nossas relações com os outros dependem das relações com Deus. Se Deus não anima e vivifica as nossas relações comunitárias e de trabalho, tudo corre o risco de se reduzir a um falar entre surdos, cujas belas palavras e brilhantes discursos cobrem divisões e interesses pessoais.

Escutemos Comboni
Estimados confrades, como discípulos de Comboni, promovei o amor à missão, investi na missão. Fazei de modo que a missão seja sempre o único amor, a única paixão. Não hesiteis em convidar e insistir para que os confrades tenham o olhar fito em Cristo Senhor. Não vos canseis de pregar que a nossa vida só tem sentido em Deus. Proponde, sem meios-termos, aquela radicalidade evangélica que reconduz a apreciar a nossa vocação e a dizer com Comboni: «com a minha vocação e a minha missão, sou a pessoa mais feliz do mundo». Mantende a vossa Província ou Delegação como um cenáculo à volta de Cristo, que vivifica as relações e torna o Instituto expressão de amor e de graça.

12 de Dezembro de 2007
Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

O Superior Geral e o seu Conselho

A MISNA completou 10 anos e fala uma nova língua
A Misna, agência de notícias do Sul do mundo, completou 10 anos de actividade e a 4 de Dezembro, para festejar o aniversário, abriu uma nova página em língua árabe. A agência que diariamente, valendo-se também de uma rede intercontinental de milhares de missionários e voluntários, produz notícias e aprofundamentos a partir do Sul do mundo, acrescenta assim uma nova língua às suas páginas em italiano, inglês, francês e espanhol. Com um arquivo poliglota de mais de 250.000 títulos, ela constitui já hoje – também graças ao seu «talhe» integrativo e correctivo – um precioso instrumento de consulta para muitos profissionais do mundo da informação não apenas em Itália, na Europa e na América do Norte, mas sobretudo nos diversos países africanos e latino-americanos.
«A página árabe» – sublinha o director da MISNA, Pietro Mariano Benni – «pretende constituir um ulterior instrumento para reforçar a vontade de diálogo inter-cultural e inter-religioso e para favorecer aquela aliança de civilização de que o Mediterrâneo foi muitas vezes cadinho incomparável. Organizada por redactores e tradutores de língua árabe ou com significativas experiências de trabalho jornalístico em países árabes, a página espera também ser útil a muitos imigrantes originários do mundo árabe presentes no norte do mundo por motivos de trabalho e de estudo».
No entender do presidente da MISNA srl, P. Venazio Milani, «o constante crescimento da agência e do número daqueles que regularmente a consultam e se servem dela constitui a prova não só da oportunidade da intuição que levou ao seu nascimento, mas também da necessidade de um instrumento de informação ágil e desprovido dos tradicionais condicionamentos do poder publicitário, político ou financeiro».

Décimo aniversário da MISNA
A 4 de Dezembro na solene sala Júlio César no Capitólio celebrou-se o décimo aniversário da Misna. Estavam presentes na mesa redonda coordenada por Piero Badaloni, o presidente e o director da Misna, o director da Ansa, o representante da Associação Stampa Estera, P. Rafic, próximo coordenador da edição árabe, Paolo Masini vice-presidente da comissão cultura da Câmara municipal em representação de Veltroni. Também o P. Giulio Albanese tomou a palavra. Mais do que significativa, a participação da gente. Foi uma ocasião para debater sobre as problemáticas da informação sobretudo do sul do mundo e lançar a próxima edição (2008) da Misna em árabe, que já teve notáveis consensos por parte de personalidades eclesiais e não só do mundo árabe.

Uma ficção em dois episódios sobre Comboni?
Em finais de 2004, Laurentina Guidotti, responsável de Iterfilm e produtora de apreciáveis filmagens transmitidas também pela RAI, encontra-se com o Presidente da Câmara de Roma, Veltroni, e expressa-lhe o desejo de produzir um filme sobre a África. Veltroni propõe-lhe a figura de Comboni. Seguem-se vários encontros com o P. Venanzio Milani, com o Superior Geral P. Teresino Serra e com alguns outros confrades e religiosas. A 23 de Junho de 2005 Iterfilm estipula um contrato com a RAI para a activação do tema e da encenação.
Chega-se a um primeiro esboço, depois a um segundo que colhe proveito das indicações da RAI e das observações de alguns confrades. Em meados de Maio de 2006 é apresentada à RAI a encenação definitiva. Os encargos financeiros ficam a cargo da RAI. Falta apenas o contrato de produção.
Pensa-se que este possa ser estipulado no início de 2007. Ao contrário é adiado. A RAI, de facto, tem em produção para 2007 a história de Santa Bakhita.
Espera-se portanto que, não obstante as mudanças no sector Ficção da RAI, o contrato seja estipulado em 2008.
A filmagem é uma mini-série de dois episódios «inspirada» na figura de Daniel Comboni e na Missão da África. A encenação é de Angelo Pasquini e Francesco Martinotti. Produção de Iterfilm.

Profissões perpétuas
Esc. Aguirre Charre Rubén Simeón (PE) Lima 10.11.2007
Esc. Castro Sánchez Jhon Jani (EC) Lima 10.11.2007
Esc. Mambueni Makiadi Yves (CN) Lima 10.11.2007
Esc. Serafim A. Rodrigues da Costa (BS) Lima 10.11.2007
Esc. Sito Atambise Ferdinand (CN) Lima 10.11.2007
Esc. Akpako Théotime Parfait (T) Lomé 17.11.2007
Esc. Bwalya Andrew (MZ) Lusaka 07.12.2007

Obra do Redentor
Janeiro 01 – 07 A 08 – 15 C 16 – 31 BNE
Fevereiro 01 – 15 BS 16 – 28 CA

Intenções de Oração
Janeiro
– Para que nas nossas comunidades acolhamos o dom dos outros e sejamos sinal de unidade, de justiça e de paz. Oremos.

Fevereiro – Para que a família comboniana seja abençoada com vocações generosas e dispostas a deixar-se consumar no serviço à Missão de Deus. Oremos.
CÚRIA

Studium Combonianum e Arquivo Comboniano

Importante descoberta: no número 86 do Arquivo Comboniano (pp. 15-16 nota 1) explicam-se as circunstâncias do desaparecimento do arquivo do Marienverein de Viena, que desde 1880 se torna, primeiro, inacessível e depois dado como perdido. Assim já em 1884 Dichtl não pôde consultar o arquivo no acto da redacção do seu Der Sudan. Em 2007 conseguimos finalmente encontrar uma pequeníssima parte deste arquivo (134 cartas e rascunhos e outros documentos de carácter administrativo), que sobre sobretudo o arco de tempo que vai de Abril de 1862 a Junho de 1864 (109 cartas e rascunhos) e contém também documentos do período precedente (1852-1860) e posterior (1877-1881). Aí se encontram documentos assinados por Casolani, Knoblehar, Kirchner e Comboni (duas breves cartas), mas também por Mitterrutzner (13 cartas), Mardrus (4 cartas), pelo Superior de Cartum, P. Pfeifer (19 cartas), pelo Superior de Shellal, P. Abondio da Smarano (17 cartas), etc. Muito interessantes também, pela sua raridade, as cartas dos leigos missionários Heintz, Klein, Pohl, Schweighofer, Wischnewski, Zipfelmair e uma carta do cônsul geral austro-húngaro em Alexandria, senhor von Boleslawski, sobre a sucessão de Comboni, escrita na tarde de 11 de Outubro de 1881, a poucas horas do seu funeral.
Em Arquivo Comboniano iniciámos a publicação da história dos MFSC, desde a separação de 1923 à reunificação de 1979. Trata-se de uma versão reduzida de um trabalho mais vasto do nosso confrade, P. Reinhold Baumann, que parte da colaboração de súbditos do império austro-húngaro e dos estados alemães com Comboni (uma espécie de pré-história dos MFSC) para depois narrar as vicissitudes de uma história que hoje, com a reunificação, se tornou património comum de todos os MCCJ. Optamos por publicar este trabalho em inglês, porque muitos confrades nos manifestaram a dificuldade de ler textos em italiano em muitas comunidades (sobretudo casas de formação em África). No futuro, procuraremos estender esta opção o mais possível também a outros artigos, de modo a tornar os conteúdos acessíveis a um número cada vez maior de confrades.
Muitas províncias comunicaram-nos que não tinham recebido alguns números de Arquivo Comboniano. Pedimos aos provinciais e delegados que ainda o não tenham feito, que nos enviem uma lista dos números que não receberam (o último publicado foi o número 87).

DSP

Brixen-Milland: à procura de uma solução

A nossa propriedade Brixen-Milland para além da casa da comunidade, restaurada recentemente, compreende o Xaverianum (o nosso ex-seminário menor) e as demais construções da quinta que desde há muitos anos deixaram de ser utilizadas para o seu objectivo originário. Por conseguinte, está-se à procura de uma solução satisfatória também do ponto de vista económico, não obstante diversas dificuldades: a legislação local, as normativas sobre a tutela dos edifícios históricos, as decisões do conselho camarário relativas às zonas residenciais situadas no território da Câmara e, por fim, a Organização Mundo Único que quereria manter a sua sede no edifício do Xaverianum.
Os cidadãos do Brixen-Milland estão ao corrente das intenções dos Missionários Combonianos que, com tal fim, organizaram um edital de concurso intitulado «a aldeia na aldeia». No concurso participam doze arquitectos a quem foi confiado preparar um projecto para a solução deste problema. A 21 de Dezembro os trabalhos serão avaliados por um júri que escolherá o projecto melhor.

MÉXICO

XII Congresso Missionário Comboniano

«Paixão por Cristo e paixão pela missão» foi o tema do XII Congresso Missionário Comboniano dos candidatos em formação. Participaram os aspirantes e os seminaristas do propedêutico, postulado e noviciado, num total de 50 seminaristas e cinco candidatos que estão a fazer o processo vocacional. Estavam presentes também os formadores e promotores vocacionais. O congresso teve lugar no postulado, na Cidade do México, de 17 a 19 de Novembro.
Uma única ideia esteve no centro da reflexão no decurso de todo o congresso: uma paixão pela missão que não se alicerce numa paixão por Jesus Cristo está destinada ao fracasso e tarde ou cedo entrará em derrocada. Daniel Comboni foi um apaixonado por Cristo e por isso sentiu paixão pela missão. No contexto da Quinta Conferência do Episcopado Latino-americano foi dito que a formação deve ser, antes de mais, um processo que conduza o formando a ser discípulo missionário de Jesus Cristo e o ajude a ter um encontro pessoal com Jesus que o chama a estar com Ele para depois o enviar (Mc 3, 13-14). Tudo isto, a partir da óptica e no contexto do nosso carisma missionário.
O congresso encerrou com a celebração da eucaristia durante a qual o noviço mexicano Pablo Gabriel Torres fez a primeira profissão religiosa. O congresso foi caracterizado pelo empenho, fraternidade, alegria e cordialidade. O próximo será realizado em Sahuayo, no noviciado, em 2009.

NAP

Los Angeles: a comunidade católica «oaxacana»

Na periferia à volta da paróquia de Santa Cecília, em Los Angeles (Califórnia), vivem muitas pessoas originárias de Oaxaca, México. Com o passar dos anos, para não se deixarem absorver pela gigantesca cidade de Los Angeles, sentiram necessidade de encontrar um modo para conservar a sua cultura e as suas tradições. Tornaram-se assim uma comunidade que deu grande impulso à formação de companhias de dança folclórica e grupos musicais e à abertura de restaurantes e lojas para a venda de produtos artesanais de Oaxaca.
Por seu lado, o P. Luigi Canotto foi providencial em ajudar estas pessoas a tornarem-se um grupo paroquial de Santa Cecília. Deste núcleo inicial surgiu a comunidade católica «oaxacana» de Los Angeles. O testemunho desta comunidade e as suas actividades contribuíram para a formação de outros grupos étnicos que, seguindo o seu exemplo, permaneceram fiéis à sua cultura originária, como a comunidade Señor de Esquipulas, Igbo, Salvadorana e Guadalupana. Deste modo a paróquia pôde realizar verdadeiramente o ideal de uma comunhão entre diversas comunidades.
Em Los Angeles, cidade da diversidade e da secularização, a comunidade oaxacana faz da dimensão religiosa o elemento necessário para a identidade, a unidade e o progresso. Os Missionários Combonianos não só constituíram parte importante ao oferecer a uma comunidade a oportunidade de se expandir, como continuam a oferecer um apoio vital e um decisivo encorajamento a este grupo que testemunha ao mundo o espírito católico de justiça e paz vivido em comunhão com os outros.
A comunidade oaxacana, durante a recente festa da sua padroeira, Nossa Senhora da Solidariedade, apresentou ao P. Luigi Gasparini, provincial, um certificado de gratidão e apreço para com os Missionários Combonianos pelo seu constante apoio nestes anos.

Missionárias e Missionários Combonianos no livro de Kathy Cook
Os Missionários Combonianos têm um papel de primeiro plano no novo livro, que foi premiado, da jornalista canadiana Kathy Cook. «Anjos raptados: as raparigas sequestradas no Uganda» narra a história de trinta alunas raptadas da St. Mary’s Aboke School, orientada pelas Irmãs Missionárias Combonianas no Norte do Uganda, e o esforço heróico para as libertar. «O livro fala pormenorizadamente da tragédia do Norte do Uganda e concentra-se na incrível coragem dos Missionários Combonianos que vivem neste lugar», diz Cook.
Ao agradecer às pessoas que a ajudaram a escrevê-lo, Kathy Cook acrescentou: «Nunca tinha ouvido falar dos Missionários Combonianos antes de iniciar este trabalho. Para mim são um testemunho do incrível no catolicismo. Sou protestante por nascimento e não vou à igreja regularmente, mas conhecendo a história dos Combonianos como a conheço agora, fiquei fascinada com ela. Não posso contar-vos aqui todas as suas aventuras, mas o heroísmo que emergiu quando descrevi a Ir. Rachele Fassera, a Ir. Alba Burlo, o P. John Fraser e o P. José Carlos Rodríguez Soto é partilhado pelos cerca de cem Combonianos que vivem actualmente no Norte do Uganda e pelos mais de mil que vivem nas zonas mais pobres do mundo. Os Combonianos são especiais. Nunca antes tinha encontrado um Instituto de heróis tão altruístas e o mundo deveria saber mais sobre eles».

Uma Missionária Leiga Comboniana evangeliza o norte
Nascida no México e educada tanto na sua terra de origem como nos Estados Unidos, Dina Bello y Bello passou os últimos seis anos a trabalhar nos Estados Unidos como Missionária Leiga Comboniana. Chegou a Ohio após um encontro com o P. William Jansen. Começou a trabalhar com a comunidade hispânica de Hamilton, coordenando o trabalho de vinte voluntários. Em Dina podemos ver um grande exemplo de uma missionária do sul da América que evangeliza aqui, nos USA. É uma ajuda inestimável, tal como o é a dos Missionários Leigos Combonianos que dos Estados Unidos foram prestar o seu serviço noutros países.

QUÉNIA

«Sede cidadãos de paz, afastai a violência, construí a unidade»

Sábado 1 de Dezembro, o novo arcebispo de Nairobi, o Cardeal John Njue, em visita à paróquia de Kariobangi, administrada pelos Combonianos, dirigiu um fortíssimo apelo à concórdia, à unidade e à paz durante este tempo de eleições. Elevado à púrpura cardinalícia no consistório de 24 de Novembro em Roma, o novo cardeal voltou a Nairobi a 29 de Novembro.
Aproveitando a ocasião da sua primeira visita a uma das mais amplas paróquias da capital, convidou todos os cidadãos do Quénia a distanciar-se do sectarismo, do tribalismo e do ódio político que incitam ao recurso à violência, ameaçando a própria estrutura da nação e causam destruição e morte. Apontando o coro paroquial como exemplo, o Cardeal Njue encorajou à unidade e à colaboração: «observai o coro – afirmou – são homens e mulheres que provêm das mais diversas zonas do Quénia. Cantam sem se perguntarem quem vem do este ou do oeste, do norte ou do sul. Formam um coro e cantam em harmonia. Tomai o seu exemplo. Vivei, trabalhai e crescei juntos como povo e nação, sem distinção de etnia, e resisti ao qualquer tentação de pôr um queniano contra outro».
O Quénia está em plena campanha eleitoral para a eleição do Presidente da República e para a renovação do Parlamento. O recurso à violência causada pelo tribalismo ainda forte, alimentado pelos políticos e explorado por poderes mais ou menos ocultos que lutam pela defesa dos seus próprios interesses, é um perigo actual que mete medo a todos os cidadãos honestos.
Durante a Eucaristia, o Cardeal abençoou dois matrimónios, encontrou-se com os catequistas e os catecúmenos, com os ministros extraordinários da Comunhão e com uma representação das organizações de Kariobangi e Korogocho empenhadas na luta contra a SIDA.

«Prémio de Solidariedade» para o P. Daniele Moschetti
Na tarde de 28 de Novembro, o P. Daniele Moschetti recebeu uma carta da embaixada italiana. A sua primeira reacção foi quase de enfado, pensando que se tratasse de mais um convite. Era, pelo contrário, um reconhecimento pelo seu importante trabalho missionário nos bairros-de-lata de Korogocho.
O P. Daniele empenhou-se em dar aos pobres uma voz e um lugar na sociedade. Já desde os tempos de estudante de teologia no Tangaza College, nos anos noventa, empregava o seu tempo livre nos bairros-de-lata de Korogocho. Também o tema da sua tese foi o apostolado urbano.
Nos últimos sete anos o P. Daniele ajudou a gente de Korogocho, e frequentemente também a de outros bairros-de-lata, a conhecer os seus direitos e a aplicá-los à sua situação. Teve de trabalhar intensamente para travar as várias expulsões programadas pela Câmara e por outros poderosos personagens interessados na área de terreno ocupada por estes pobres. Esteve na vanguarda do plano para o melhoramento, a nível nacional, dos bairros-de-lata e para a luta contra a descarga de Dandora que tinha causado doenças e centenas de mortes. Foi graças aos seus esforços que foi aberto o Centro de Reabilitação de Napenda Kuishi, onde aqueles que antes eram crianças de rua, nascidos ao lado da descarga, drogados e alcoolizados, agora frequentam a escola, são adequadamente assistidos e é-lhes oferecida uma nova perspectiva de vida.
O Plano para mais Segurança nas Cidades e o World Social Forum de Nairobi este ano devem uma parte consistente do seu sucesso ao P. Daniele. O Kutoka network, o Cancelamento da Dívida Internacional, as iniciativas de Justiça e Paz e o Fórum de Justiça Económica fazem parte dos seus compromissos quotidianos. Para ele, a missão é pôr em prática o projecto chave do Senhor que lemos em Lucas 4, 16-20: «Enviou-me a anunciar a Boa-Nova aos pobres, a proclamar a libertação aos cativos…e a proclamar um ano favorável da parte do Senhor».
O P. Daniel ficou surpreendido com o inesperado reconhecimento. Quando, na tarde de 14 de Dezembro, o embaixador italiano no Quénia, em nome do presidente da República italiana, lhe entregou o prémio, o P. Daniele comentou que o Prémio de Solidariedade não era para ele mas para a pobre gente de Nairobi em geral e para os habitantes dos bairros-de-lata de Korogocho em particular.
O prémio é também um encorajamento para todos os Missionários Combonianos para que não renunciem a fazer do mundo um lugar melhor para todos e a colocar-se do lado dos marginalizados. As congratulações vão de modo particular para o P. Daniele pela sua coragem e pelo modo concreto de difundir a boa-nova.

Oremos pelos nossos defuntos
* O PAI
: Raymundo, do P. Andrés García Chávez.
* O IRMÃO: Giovanni, do Ir. Giuseppe Dalle Mulle (U); Antonio (sacerdote), do P. Fidel González Fernández (I).
* A IRMÃ: Maria da Conceição, do P. Manuel António da Silva Machado (P); Giovanna, do P. Enrico Cordioli (DCA); Brigitte, do Esc. Eric Zadji (T).
* AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. Malvina Bertazzi, Ir. M. Silvana Filippini, Ir. Emiliangela Rigo, Ir. Illidia Pisciarelli, Ir. M. Redenta Moraschetti.


Consulta sempre o nosso sítio Web: http://www.comboni.org
Familia Comboniana n. 649