As alunas da Escola das Irmãs Combonianas de Cartum com o nome de Comboni na praça

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Sexta-feira, 3 de Maio de 2019
Nestes dias, Comboni esteve nas ruas de Cartum, no Sudão, bem visível nos cartazes empunhados pelas jovens e ex-alunas da Escola das Irmãs Combonianas de Cartum (SSK). Mudando o lema da Escola "Sempre mais, sempre melhor", as estudantes escreveram: “Comboni’s Procession. Always more... Revolution! Always better... Solution!” (Manifestação de Comboni. Sempre mais... Revolução! Sempre melhor... Solução!). E ainda: “Construiremos o que hoje sonhamos: um país unido, uma terra prometida. Comboni.”

No Sudão, militares e civis tentam formar conselho de transição

“Construiremos o que hoje sonhamos: um país unido, uma terra prometida. Comboni.”

Há um princípio de acordo entre civis e militares para a formação de um conselho de transição para governar o Sudão até a realização de eleições. Após a queda do ditador Omar al-Bashir, o Sudão passou a ser comandado pelo Conselho Militar de Transição. No entanto, populares estiveram sempre a pressionar para que o poder fosse entregue aos civis até a eleição de um novo presidente. Neste momento, há um entendimento para a formação de um conselho soberano para a transição que seria composto por civis e militares. De acordo com as informações, os civis pretendem um conselho com 15 representantes, sendo oito deles civis. Já os militares colocaram a proposta de um conselho com 10 membros, sendo 7 militares.

Após assumirem o poder, os militares anunciaram que pretendiam formar um governo de transição liderado por um “conselho” militar com validade de dois anos. Eles também suspenderam a Constituição e impuseram um toque de recolher no país entre 22h e 4h, com duração de um mês. A junta também decidiu não entregar Bashir ao Tribunal Penal Internacional (TPI). O ex-ditador é acusado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito armado da região de Darfur. Líderes dos protestos civis logo classificaram os membros da junta de “os mesmos velhos rostos” do antigo regime. Khalid Omer, opositor e líder do Partido do Congresso Sudanês, disse mesmo que os militares estão a tentar “roubar a revolução”.

“Se você quiser iniciar um diálogo genuíno, não suspenderá a Constituição”, referiu. Manifestantes continuaram a ocupar as ruas, a demonstrar sua insatisfação contra as medidas anunciadas pela junta militar e a exigir a transferência do poder para uma autoridade civil.