P. Alfredo Ribeiro Neres: “O Natal é o nascimento do Deus-Menino”

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JESUS NASCEU PARA MIM

Sim! Ele nasceu porque eu existia! Mas, por causa dos meus pecados, das minhas transgressões, estava muito longe de Deus e, num movimento de Misericórdia do Seu Coração, quis trazer-me a grande alegria de me tornar um filho (uma filha) de Deus.

Para realizar essa façanha, a um certo momento da História, a que S. Paulo chama a «plenitude dos tempos», Deus voltou-se para mim, viu a minha miséria e teve compaixão de mim, por isso, «enviou o Seu Filho, nascido de Mulher (MARIA), …para que eu recebesse a adoção de filho (filha)» de Seu Pai (cf. Ga 4,4-7). Agora «já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim, … porque o Filho de Deus me amou e se entregou a si mesmo por mim» (Ga 2,20).

Eis a grande verdade: o meu Irmão, Jesus, nasceu para mim, viveu para mim e morreu por mim, para me resgatar do pecado e da morte e para que eu viva para toda a eternidade com Ele na casa do Pai.

JESUS NASCEU PARA MIM!

Sim! Ele nasceu de Maria Santíssima e continua vivo dentro de mim, para sempre, se não O expulsar com o meu pecado.

Ele não nasceu só para estar em grutas num presépio, num tempo muito distante, ou para ficar fechado dentro dum Sacrário sozinho nas nossas Igrejas. Não! Ele quer que eu seja um Tabernáculo Vivo que O leva para toda a parte para onde vou, para que, em mim, Ele possa contemplar comigo as maravilhas que o Pai criou e abençoar todas as pessoas que encontro no meu caminho.

Esta é uma grande verdade que cada um e cada uma de nós pode repetir, sem medo de errar: JESUS NESCEU PARA MIM!

Esta realidade pode confortar-nos grandemente no meio desta pandemia, onde vivemos, sabendo que a nossa vida está nas mãos do Pai agora e para sempre.

O Natal não é uma coisa banal, que celebramos na noite e no dia de Natal, num lindo presépio, mas que depois o metemos num cartão e o arrumamos até ao próximo ano.

Não! O natal é o nascimento do Deus-Menino, que nasce e renasce cada dia dentro de nós, cada vez que O recebemos no Sacramento da Eucaristia. Para celebrar com dignidade uma festa (Natal), é deixar que o Aniversariante (Jesus) esteja presente.

Peço a Nossa Senhora, a S. José e ao nosso Jesus, que vos encham das suas graças, para viverdes este tempo natalício, na paz e na alegria com a ternura do Menino Jesus, que nasce para cada uma e cada um de nós.
P. Alfredo Ribeiro Neres
Isiro / R.D. Congo