Domingo, 23 de janeiro de 2022
Querido povo de Deus! Paz e bem! Ouvindo o chamado de Jesus, o segui. E é com muita alegria que lhes comunico. Estou em terras africanas. A tão amada África de Comboni e tão sonhada por nós combonianos. A viagem foi muito boa. Tive alguns desafios com a comunicação devido à língua nos aeroportos e na aeronave, mas nada que tirasse meu ânimo.

Esta é a nova comunidade internacional dos Leigos Missionários Combonianos, em Moçambique: Valmir Tito (Brasil), Teresa (Espanha), Bartek (Polónia) e Regimar Costa (Brasil).
Que o Senhor os abençoe, proteja e guie o seu trabalho missionário como comunidade!

No primeiro vôo, falava-se inglês e árabe. E não entendi nenhuma das duas línguas, rsrsrs. Mas Deus sempre coloca anjos em nosso caminho. Tinham muitos brasileiros no vôo e tive ajuda de uma mulher e de um jovem chamado Bruno, inclusive Bruno foi um anjo do Brasil até Maputo. Ajudou muito, principalmente no Qatar, orientou no aeroporto, a chegar no portão de embarque que era longe e difícil de encontrar.

Regimar Costa e Valmir Tito, leigos missionàrios combonianos no vôo para Nampula/Moçambique.

No segundo vôo, já consegui me comunicar com o pouco espanhol que aprendi. Chegando em Maputo senti muito forte a presença de Comboni, era como se ele estivesse presente, me orientando. Hora do almoço, procurar comida. Opa, faltaram cinco meticais… a atendente completou, mais um anjo. No portão de embarque, surpresa, a mala excede o peso, como varia de acordo com o país, pesava 3 kg a mais. Resultado: multa de quatro mil meticais que milagrosamente o rapaz desiste de cobrar. Outro anjo? Sem dúvida. E Comboni com certeza. Na aeronave para Nampula, uma criança começa a brincar conosco, para mim as boas vindas foram ali.

Finalmente pousamos em Nampula. Pe. Massimo nos espera no aeroporto. Junto conosco vinham mais dois missionários, padres. Vamos para casa, jantar e descansar. Estamos no Centro missionário catequético, no Anchilo, tratando dos documentos enquanto aguardamos o curso de Inculturação começar. Encontramos aqui muitos padres, pois estão em assembleia. Fomos muito bem recebidos por todos.

Valmir Tito e Regimar Costa, no Anchilo/Moçambique.

No primeiro Domingo por aqui, enquanto os padres tinham missa no centro, preferi ir à celebração na igreja junto com o povo. Foi muito bom ver o sorriso, a alegria do povo. O povo Macua é muito alegre e acolhedor. Pouco a pouco começo a conhecer, conviver com o povo, um bom dia, uma conversa rápida, um sorriso, assim vamos construindo o dia a dia, devagar para não assustar.

Consciente da missão que tenho, dos desafios já conhecidos e dos que surgirão, chego a terra da missão. Trago presente a situação inicial. Já é possível sentir que os desafios serão grandes, mas confiante no Senhor seguirei, sua palavra é maior, e se a missão é de Deus, é santa, é certa. Minha jornada está apenas começando, e sinto-me feliz por estar realizando o que sempre desejei. Cada dia percebo que a obra de Comboni se concretiza cada vez mais. “Morro, mas minha obra não morrerá”.

Queria compartilhar com vocês um pouco do que está acontecendo e mais uma vez agradecer a todos pela ajuda, carinho e orações. Sem vocês não seria possível. Continuem rezando pela missão e por todos os missionários. Daqui sigo em oração por cada um de vocês. Eu estou muito feliz e peço a Jesus que abençoe essa nova missão que se faz presente. Que Comboni, Nossa Senhora e Jesus missionário abençoe a todos.

Forte abraço, diretamente da África.
Regimar Costa
Leiga missionária comboniana – Brasil/Moçambique