Quarta-feira, 18 de Julho de 2018
Os padres combonianos Manuel dos Anjos Martins, António Marques Martins, Gregório Rodrigues dos Santos, e Manuel Ferreira Horta (na foto) celebraram as bodas de ouro sacerdotais no domingo, 15 de Julho, no Seminário das Missões, em Viseu. Os confrades portugueses ofereceram aos quatro jubilados um crucifixo alusivo às bodas de ouro. A Eucaristia foi solenizada pelo coro dos jovens da Capela de Viseu.

Os quatro foram ordenados padres por Dom José Pedro da Silva, o bispo açoriano de Viseu, a 13 de Julho de 1968, na mesma capela, juntamente com mais três colegas: um faleceu e dois casaram. Na mesma cerimónia, foi ordenado diácono o P. António Alexandre da Rocha Ferreira.

A capela foi pequena para a missa jubilar. Familiares, amigos, benfeitores e vizinhos estiveram presentes na Eucaristia, presidida pelo superior provincial, P. José da Silva Vieira.

Durante a homilia, o P. Horta falou em nome dos quatro jubilados. «Fomos chamados pela graça de Deus, escolhidos de Deus para uma missão», disse. Referiu-se ao dia em que um comboniano lhe perguntou, na sacristia da igreja de Vila Nova de Tazem, sua terra natal, se queria ser missionário. Pergunta à qual o P. Horta respondeu: «Não sei bem o que é, mas acho que sim.»

Coube ao P. Gregório apresentar os agradecimentos. «A palavra bem-haja, obrigado, brota do nosso coração ao Pai da messe e a todos os que nos ajudaram ao longo de todos estes anos», disse. E recordou alguns combonianos já falecidos e ainda benfeitores e amigos.

Os quatro padres de ouro têm percursos interessantes. O P. Horta foi missionário em Moçambique, provincial de Portugal, viveu uma década em Roma como secretário-geral da formação e superior da comunidade de Roma. Actualmente, é administrador da Editorial Além-Mar.

O P. Gregório, que também foi provincial de Portugal, passou a sua vida missionária ente o Brasil e Portugal. Encontra-se, hoje, em Lisboa.

O P. Manuel dos Anjos viveu quase sempre em Moçambique: juntou à evangelização o estudo de duas línguas locais. Publicou dicionários e gramáticas. Recolheu e publicou provérbios, contos e adivinhas tradicionais dos povos com quem viveu. Faz parte do grupo que está a traduzir a Bíblia para Cinyungwe, a língua de Tete.

O P. Martins começou o serviço missionário em Portugal. Foi capelão militar em Angola, durante dois anos. Também trabalhou na paróquia católica mais alta do mundo (a mais de 4000 metros de altitude) em Cerro de Pasco, no Peru, e, por fim Brasil. Hoje, é o responsável da liturgia na capela do seminário dos combonianos, na Maia.

A província comboniana portuguesa louva Jesus por partilhar o seu único sacerdócio ministerial com estes padres de ouro e, a estes, agradece-lhes o exemplo da fidelidade e dedicação ao Senhor e à Missão. Que o seu exemplo e alegria de vida atraiam mais jovens para a missão comboniana.