Em memória de Dom Camillo Ballin: “Um missionário que puxava sempre para a frente”

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Segunda-feira, 13 de Abril de 2020
“Dom Camillo Ballin, comboniano, era um missionário que puxava sempre para a frente, sempre sobre o fio da navalha, em situações difíceis, confiando em Deus. Assim foi até ao fim... até onde o seu Senhor o esperava, surpreendente como sempre, para o acolher com o seu abraço de Amor, que o resgatou do sofrimento para a Vida Eterna: era o Domingo de Páscoa, dia 12 de Abril de 2020, a Páscoa do coronavírus” (P. Manuel Augusto L. Ferreira). Em anexo, publicamos algumas mensagens de condolências, de entre as quais de D. Francisco Montecillo Padilla, Núncio Apostólico no Kuwait e nos outros países do Golfo; do Superior Geral dos Missionários Combonianos, P. Tesfaye Tadesse, e de outras personalidades e amigos de D. Camillo Ballin.

Em memória de Dom Camillo Ballin
(24-6-1944 - 12-04-2020)

Dom Camillo Ballin (24-06-1944 – 12-04-2020)

P. Víctor Manuel Tavares Dias, desde as Filipinas: “Eramos amigos”

A notícia da morte de D. Camillo apanhou-me de surpresa… nem queria acreditar! Poucos dias antes disseram-me que ele teria uma longa batalha à sua frente, pois estava forte nas suas resistências corporais, apesar do tumor estar a avançar. Afinal o cancro foi mais forte, e tirou-lhe a vida assim quase de repente… assim como o seu sonho de terminar a construção da catedral, da qual falava com um gosto extraordinário. Há-de contemplá-la da catedral celeste.

Eramos amigos… tive ocasião, de o visitar no Kuwait, a convite seu… e já tinha outro para o visitar no Bahrain! Este fica por cumprir...

Tratava-o por amigo e bispo… uma amizade que com o seu ser bispo só aumentou. Levou-me durante 8 dias a visitar tudo no Kuwait… sempre de sotana branca e com uma cópia da cruz peitoral de Comboni ao peito… até quando fomos visitar a famosa mesquita. Depois de o visitar escrevi um texto para a revista Além-mar “Com a cruz ao peito”

Gostava do seu humor e da sua determinação na não fácil missão que tinha abraçado. Apesar de ser de grande estatura sabia descer e estar próximo de todos… mesmo dos muçulmanos, e não hesitou em pedir-lhes ajuda para tornar mais presente a Igreja de Cristo naquelas terras.

Bem, teria muito mais a dizer sobre D. Camillo Ballin… mas a tristeza que sinto no coração leva-me mais directamente à oração pelo seu descanso eterno, ao mesmo tempo que agradeço a Deus o dom da sua vida, e por nos termos cruzado nesta curta viagem terrena.
Já celebrei a Eucaristia por ele ontem.
Víctor