NOTICIÁRIO MENSAL DOS MISSIONÁRIOS COMBONIANOS DO CORAÇÃO DE JESUS

Veja o anexo em baixo

BOA PÁSCOA 2023

DIRECÇÃO-GERAL

Encontro em Roma dos superiores dos Missionários Combonianos e do Comboni Survivor’s Group

Nos dias 21 e 22 de Março de 2023, o Superior Geral, Padre Tesfaye Tadesse Gebresilasie, juntamente com os membros do Conselho Geral e os Superiores Provinciais, passados e presentes, da Província de Londres, reuniram-se em Roma com os membros do Comboni Survivor’s Group. O encontro incluiu uma audiência privada de quarenta minutos com o Santo Padre, organizada pelo Padre Andrew Small, OMI, Secretário da Pontifícia Comissão para a Protecção dos Menores.

Para os membros do Conselho Geral e para os superiores da Província de Londres, o encontro foi uma oportunidade muito preciosa para encontrar pessoalmente os membros do Grupo e ouvir o seu testemunho. O Cardeal Nichols presidiu às sessões de abertura e encerramento do encontro, no qual participaram também o Padre Andrew Small, e, a pedido expresso do grupo, D. Marcus Stock, actual bispo de Leeds. No encerramento do encontro, quarta-feira à tarde, foi emitido um comunicado. Eis o texto.

Declaração conjunta, na sequência do encontro em Roma do Comboni Survivor’s Group e dos Missionários Combonianos, 21-22 de Março 2023.

Do Comboni Survivor’s Group

Recentemente, o Papa Francisco exortou os responsáveis da Igreja a responder com acções concretas à experiência dos sobreviventes dos abusos sexuais sobre menores por parte do clero. Como Comboni Survivor’s Group, pedimos durante muitos anos aos Missionários Combonianos acções concretas, mas recebemos sobretudo silêncio ou dúvidas sobre a veracidade dos nossos pedidos. Muitas outras vítimas experimentaram reacções semelhantes por parte de responsáveis da Igreja. Este clima de medo e recriminação começou a mudar nos últimos meses, quando nos reunimos e fomos recebidos pelos responsáveis dos Missionários Combonianos, passados e presentes.

Na nossa última reunião participaram os superiores da Província Comboniana de Londres que tinham atendido os nossos pedidos de ajuda e empenho nos últimos vinte e cinco anos. Com eles partilhámos as nossas dolorosas histórias de abusos e a devastação provocada pela terrível resposta que recebemos da Província de Londres quando procurámos ajuda.

Durante o encontro destes dias, que incluiu um encontro com o Papa Francisco, tivemos a sensação de que não só de ser ouvidos, mas também acreditados pelos superiores combonianos, o que nos deu um sentido de tranquilidade. Esta foi uma experiência transformadora para nós, que confirmou a nossa procura de justiça e diálogo como única via de cura para aqueles que foram atingidos pela afronta que nos foi feita.

Olhamos para trás, para todos os erros e incompreensões que sofremos ao longo dos anos por parte dos Missionários Combonianos e vivenciamos um sentimento de aflição ao pensar em como tanto sofrimento poderia ter sido evitado. Com boa vontade e um compromisso comum de diálogo e acção, a frustração e a dor que carregamos há tantos anos podem ser canalizadas de forma a tornar as coisas diferentes, não só para nós, mas também para todos aqueles que enfrentam experiências semelhantes às nossas. O Papa Francisco encorajou-nos a manter o caminho do diálogo e do encontro, mesmo nos dias mais sombrios.

Estamos profundamente gratos aos Missionários Combonianos pelo seu amável convite a vir a Roma, e vemos neles aliados no caminho da cura e regeneração. Estamos mais do que nunca confiantes de que esta “viagem comum” está a ir numa direcção diferente e mais sadia para todos nós, e estamos empenhados em percorrer juntos este caminho.

Do Instituto dos Missionários Combonianos

Agradecemos aos membros do Comboni Survivor’s Group por terem aceitado o nosso convite para virem a Roma e dialogarem com os membros do nosso Conselho Geral e os superiores da Província de Londres, passados e presentes.

Embora também nós tenhamos sido abanados pelos crimes cometidos por alguns confrades e cooperadores leigos do passado, só recentemente conseguimos compreender plenamente o impacto dos danos duradouros que estes abusos têm causado na vida daqueles que foram confiados aos nossos cuidados há muitos anos. Deploramos e condenamos o que aconteceu.

Lamentamos também os mal-entendidos e as oportunidades perdidas na resposta ao Comboni Survivor’s Group, que infelizmente causaram mais danos e feridas àqueles que já tinham sofrido tanto. Lamentamos verdadeiramente os tempos em que não respondemos adequadamente, e pedimos novamente perdão.

Esperamos que o tempo passado juntos traga mais paz e cura, e comprometemo-nos a tomar mais medidas concretas para aliviar o que tem sido uma jornada difícil para eles.

Como responsáveis dos Missionários Combonianos, escutámos as suas experiências, acreditamos nas suas histórias de dor e desilusão e queremos melhorar as coisas o mais possível. Estamos empenhados em aprender com estas experiências e a inseri-las nos programas de protecção da infância no nosso Instituto para garantir que podemos aprender com o passado e prevenir qualquer abuso no futuro.

No diálogo, procuraremos o modo de oferecer o necessário cuidado pastoral e o devido apoio a cada um deles, na medida em que nos é possível.

Por fim, agradecemos ao Papa Francisco que se encontrou connosco, ao Cardeal Vincent Nichols, ao bispo Marcus Stock e ao Padre Andrew, OMI, e a todos aqueles que nos ajudaram a chegar a este momento de graça. Invocamos a ajuda do Senhor, o único que pode fazer novas todas as coisas.

Ordenação sacerdotal

P. Byron José Valverde Arce San José (PCR)         25 Março 2023

Obra do Redentor

Abril                 01 – 15 CN                 16 – 30 EC

Maio                01 – 15 ET                  16 – 31 I

Intenções de oração

Abril – Por quantos vivem nas periferias dos grandes aglomerados urbanos, para que encontrem acolhimento, oportunidades de participação e de resgate, promoção e respeito, para que as cidades readquiram um rosto humano. Oremos.

Maio – Para que a celebração da Jornada Mundial de Oração pelas Vocações suscite no coração dos jovens e das jovens a consciência de que a missão precisa que a sua liberdade responda ao convite de Jesus para ir por todo o mundo testemunhá-Lo. Oremos

ABRIL

Festividades significativas

25

São Pedro de São José

de Betancur, religioso

PCA (Centro-américa, Costa Rica,

Guatemala, El Salvador, Nicarágua)

MAIO

Calendário litúrgico comboniano

Último sábado do mês

Bem-aventurada Virgem Maria,

“Nossa Senhora do Sagrado Coração”

memória

Festividades significativas

MAIO

2

Santo Atanásio, bispo e doutor

da Igreja

Egipto

CÚRIA – CENTRO FORMAÇÃO PERMANENTE

Curso Comboniano de Renovamento 2023 em Roma

O Curso Comboniano de Renovamento (CCR) é um período sabático que o Instituo Comboniano oferece aos confrades com idades entre os 45 e os 65 anos. Este ano, são onze os missionários que o frequentam, na Casa Generalícia em Roma, de Janeiro a Maio, interrompendo as suas actividades para fazerem uma releitura sapiencial da própria vida e regressarem depois à missão.

Os participantes deste ano provêm de nove países e de ministérios diferentes dos vários sectores da pastoral missionária. Quanto a idades, vão dos 55 aos 74 anos. O CCR é coordenado pelo Padre Fermo Bernasconi e pelo Padre Alberto de Oliveira Silva.

Durante o CCR, dá-se muita importância e tempo à vida comunitária, à reflexão e à oração pessoal em grupos, o que permite a cada um partilhar mais livremente e facilmente as suas experiências de vida pessoal e de missão, e favorecer o conhecimento recíproco.

Habitualmente, em cada manhã é apresentado um tema de formação, com o objectivo de ajudar os confrades a rever as várias etapas da vida pessoal, comunitária, religiosa e missionária. Por isso, semana a semana, seguem-se diversos temas, que incluem as diferentes dimensões da vida e ajudam cada missionário a fazer uma releitura da sua vida individual e comunitária, a renovar-se do ponto de vista espiritual e vocacional, a recordar a vida e os Escritos de Comboni, e a rever o estilo de vida perante os vários desafios da missão hoje, tendo em conta também os Documentos do XIX Capítulo Geral.

O CCR inclui diversas visitas de estudo e de convívio, a fim de criar um espírito comunitário. O grupo já foi a Greccio e Fonte Colombo – terra de São Francisco, grande inspirador da vida simples e da missão – e a Subiaco, terra de São Bento, e já visitou e participou em diversas celebrações no vizinho Mosteiro das “Tre Fontane”.A última visita foi à comunidade de Castel Volturno, autêntica “peregrinação” nos desafios da missão comboniana na Europa, ao serviço de muitíssimos imigrados e da população local, para um enriquecimento recíproco.

Em programa, encontram-se ainda duas visitas muitos especiais, que suscitam em todos grandes expectativas: a Verona e Limone sul Garda, terra do Pai e Fundador São Daniel Comboni, e, durante as últimas semanas, à Terra Santa, para conhecer os lugares bíblicos e os caminhos onde Jesus realizou a sua missão.

O Padre Pierino Landonio conta-nos como está a avançar o curso, não obstante o número exíguo dos participantes, e como o grupo o está a viver pessoalmente. «Fomos bem acolhidos pelas duas comunidades presentes na Casa Generalícia, e somos acompanhados “magistralmente”. Achamos muito interessantes os temas tratados. Não há dúvidas de que o curso está a traduzir-se numa experiência enriquecedora para cada um de nós. Depois de decénios de vida empenhados em vários países num serviço missionário, por vezes infrutífero ou aparentemente pouco frutuoso, o regressar aos próprios passos e reservar mais tempo para estar com Ele numa dimensão contemplativa, no final será apenas para o bem da própria Missão».

BRASIL

A diocese católica de Roraima acolhe o novo pastor

A sede da diocese católica de Roraima ficou vacante desde que o bispo Dom Mário Antonio da Silver foi transferido para a arquidiocese do Mato Grosso no mês de Maio de 2022. Durante este período de cerca de dez meses, a diocese foi confiada ao padre Lucio Nicoletto, sacerdote fidei donum da diocese de Pádua (Itália), na qualidade de administrador diocesano.

Dia 25 de Janeiro passado, por ocasião da festa da conversão de São Paulo, o Papa Francisco nomeou Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, de 62 anos, anteriormente bispo da diocese de Marejó, décimo bispo da diocese de Roraima.

A bela celebração eucarística de tomada de posse realizou-se na Solenidade da Anunciação, dia 25 de Março de 2023, na praça central da cidade, em frente à Catedral “Cristo Redentor”, na presença do Cardeal de Amazon, Dom Leonardo, de vários bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e funcionários do Governo. Foram numerosos os fiéis leigos provenientes do centro e fora da diocese.

O lema episcopal de Dom Evaristo, que sobressai no seu brasão, é “Faz-te ao largo”, isto é, as palavras que Jesus dirigiu a Pedro, convidando-o a lançar as redes para águas mais profundas (Lucas 5, 4).

O novo bispo conhece bem os desafios que a diocese à frente da qual foi colocado tem de enfrentar. Entre estes sobressai a situação dos migrantes e dos grupos índios. A cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, é meta de muitos migrantes provenientes sobretudo da Venezuela. A diocese acolhe-os e oferece-lhes o apoio necessário.

O Estado de Roraima tem a maior população de índios do Brasil, subdividida em vários grupos: Macuxis, Wapichanas, Ingarikos, Ianomâmis, etc. Os Ianomâmis têm atraído sobre si a atenção dos meios de comunicação local e internacional porque na sua terra ancestral são atormentados pelo crescente número de minas ilegais e de ocupações ilícitas de terras indígenas, bem como pela fome, poluição, alta mortalidade infantil e por doenças como a malária. Desde 2003, os missionários combonianos trabalham entre os índios Macuxis e Wapichanas.

Na sua homilia, o novo bispo reafirmou a opção preferencial pelos índios e os migrantes. Disse: «Sei que a Amazónia está no coração do Papa Francisco. Chamado a ser fiel ao Evangelho, vejo esta minha vinda para Roraima como parte do plano de Deus para mim e para esta igreja local. Portanto, tenciono agir em comunhão com toda a Igreja, num espírito de sinodalidade». Depois, concluiu agradecendo aos seus predecessores e ao administrador diocesano pelo serviço prestado à Igreja local. (P. Teddy Keyari Njaya, mccj)

ESPANHA

Encontro da Família Comboniana

A Família Comboniana de Espanha reuniu-se dias 11 e 12 de Março de 2023 em Madrid. O tema central do encontro foi a partilha do caminho que estamos a levar por diante a nível mundial, aproveitando também a ocasião dos Capítulos Gerais dos Combonianos e das Combonianas e das Assembleias Continentais dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) na América e África, todos celebrados recentemente.

O encontro foi aberto pelo padre Pedro Andrés, que relatou como se desenvolveu o Capítulo Geral, ao passo que a tarde de sábado foi utilizada para conhecer de perto o Capítulo das Combonianas.

Domingo foi a apresentação dos LMC. Num primeiro momento, Isabel, coordenadora do grupo de coordenação da Espanha, falou da última assembleia e dos desafios que temos pela frente como grupo espanhol: em particular, a necessidade de compreender quantos estamos e aonde estamos presentes, e as iniciativas que levamos por diante. Logo depois, houve a partilha sobre os encontros celebrados este ano a nível continental na América (Lima-Peru), e na África (Cotonou-Benim). O aspecto mais importante foi sobretudo a possibilidade de aprofundar a riqueza e as fraquezas dos nossos LMC nestes continentes.

Por fim, os responsáveis dos três “ramos” que participaram no encontro, conjuntamente na sua despedida, expressaram o convite a prosseguir este empenho de família.

O encontro terminou com a celebração eucarística no decorrer da qual foi dedicado um momento especial ao Padre Pedro Andrés que, depois destes anos como provincial de Espanha, está de partida para o Peru.

(Alberto de la Portilla, Coordenador do Comité Central dos LMC e membro dos LMC de Espanha)

ETIÓPIA

Seca entre os Boranas – Visita às zonas atingidas

Entre os dias 10 e 13 de Março, o arcebispo de Adis Abeba, o cardeal Berhaneyesus Souraphiel, e os representantes do Vicariato de Hawassa, P. Juan González Núñez, administrador apostólico, P. Nicola Di Iorio, vigário delegado, e don Tsegaye Getahun, director do Secretariado católico de Hawassa, deslocaram-se em visita à região dos Boranas, situada no sul do Vicariato, habitada em grande parte pelo homónimo grupo étnico, uma das zonas mais atingidas pela seca, para levar ajuda e, sobretudo, uma palavra de esperança às muitas vítimas.

Na Etiópia, diz-se que, se se pede água a um borana, ele oferece leite. Hoje, porém, este generoso povo não pode oferecer nem leite nem égua: a gente e o seu gado estão a morrer literalmente de sede.

Os Boranas ocupam a parte mais meridional da Etiópia, na fronteira com o Quénia. A sua terra é uma estepe perenemente árida, mas, se as chuvas são regulares, é capaz de sustentar dois ou três milhões de bovinos, além de grandes rebanhos de cabras.

Infelizmente, o padrão normal de pluviosidade no distrito alterou-se drasticamente. Há cinco anos que não chove, e a capacidade da região para fazer face a uma tal catástrofe esgotou-se totalmente. Um após outro, todos os pontos de água secaram e quase todo o gado morreu. Fala-se pelo menos de dois milhões de cabeças de gado mortas de fome e sede.

É preciso recuar até ao longínquo ano de 1984 para encontrar uma semelhante tragédia. Eu fui pessoalmente testemunha disso. Naquele terrível ano, as vítimas entre os Boranas ultrapassaram o milhão. O Governo promete que não deixará morrer um só indivíduo por causa da seca. Talvez até pudesse ser bem sucedido, se amontoasse todos os Boranas em campos para pessoas deslocadas. No entanto, não será possível saber ao certo quantos terão sido mortos por desnutrição e fome. Gradualmente, a maior parte das pessoas já se transferiu para campos de desalojados organizados pelo Governo.

A delegação da Igreja Católica, liderada pelo cardeal de Adis Abeba, visitou o campo de Dubluk, que, com 80 000 residentes, é um dos maiores da zona. Os desalojados vivem principalmente em tendas, alguns são alojados em autênticas cabanas, outros ainda em barracas de estacas cobertas de toldos de plástico. As pessoas aparecem limpas, vestidas decentemente e bem nutridas: as roupas e os alimentos são fornecidos pelo Governo e por entidades de beneficência. Mas há uma sensação de desconforto entre aqueles que em tempos eram abastados e perderam tudo. Como referido acima, a seca já dura há cinco anos: a mais longa de que a gente tem memória. Desde o início, o Vicariato de Hawassa esteve presente, ajudando os desalojados de todas as formas possíveis. Entre os Boranas encontram-se três missões católicas geridas pelos Missionários Espiritanos, que se distinguiram pelo seu trabalho social através de escolas, residências para estudantes e escavação de poços de água.

O Vicariato enquanto tal sempre assistiu a população afectada. Mas não sabemos até quando a emergência durará. Até hoje, conseguimos assistir cerca de um milhão e meio de pessoas, distribuindo-lhes enormes quantidades de ajudas recebidas de organizações como a Cáritas América, a Cáritas Áustria, e outras ainda.

No dia da nossa visita às populações deslocadas, começou a chover. Vamos ver se agora a gente começa a dizer que foram os católicos que levaram a chuva! Seria um curioso equívoco. Sabemos bem que somente Deus é o Senhor de tudo aquilo que a sua providência põe à nossa disposição. (P. Juan González Núñez, mccj)

ITÁLIA

Festa dos familiares dos combonianos italianos em Pádua

«Foi bom estarmos juntos, estarmos juntos e vivermos um dia em família». Foram estes os comentários que se ouviram dos lábios dos familiares dos combonianos, reunidos no domingo 12 de Março na casa de Pádua, para o seu encontro anual. Juntamente com os confrades da comunidade, encontravam-se cerca de noventa pessoas, felizes e reconhecidas pela bela jornada passada juntos. Alguém comentou: «O estilo do nosso encontro de hoje foi diferente do habitual: o ambiente foi particularmente familiar». De resto, os protagonistas do dia foram eles, os familiares, que falaram do seu filho ou irmão missionário.

O P. Gaetano Montresor deu o tom da festa, reafirmando, mais uma vez, que «cada comboniano torna “comboniana” toda a família, pelo que a família de um se torna a família de todos, e cada comboniano sente-se em sua casa quando visita a família de um confrade».

O encontro começou com um suceder-se de relatos de vida comboniana. Depois, houve a intervenção do P. Eliseo Tacchella, que retomou alguns pontos da recente visita do Papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. Para resumir as mensagens fortes, pronunciadas pelo Papa Francisco durante a sua viagem, citou a seguinte frase: «Tirem as mãos da África!». O P. Eliseo também apresentou a situação de verdadeiro saque dos minerais da RD Congo, e as modalidades verdadeiramente terríveis com que é perpetuada a exploração das minas. Por fim, elencou os indizíveis sofrimentos das populações e descreveu o estado de absoluta pobreza em que são obrigadas a viver.

Respondendo à pergunta frequentemente colocada sobre a razão da presença de missionários combonianos na América Latina, um instituto fundado principalmente para a evangelização da África, o P. Alessio Geraci explicou, com documentos na mão, como o Instituto, na verdade, respondeu a pedidos bem precisos e insistentes provenientes das Igrejas da América Latina e calorosamente apoiadas pela própria Santa Sé. «Se a Igreja chama, o comboniano responde». Hoje, continuou o P. Alessio, os Combonianos estão seriamente empenhados na proclamação do Evangelho naquelas terras, com particular atenção aos gigantescos desafios causados pela destruição cada vez mais selvagem dos ecossistemas, às trágicas situações em que são relegadas algumas minorias étnicas, aos surtos de violência cada vez mais frequentes e à fragilidade de algumas democracias.

A este intenso momento de relatos e informações seguiu-se a celebração da Eucaristia, que contribuiu de maneira vigorosa para fazer crescer em todos os presentes o espírito de família comboniana. Foram recordados os nomes dos familiares recentemente falecidos, em particular as mães, os pais, os irmãos e irmãs de missionários combonianos, e também de numerosos padres e irmãos combonianos, quer originários da nossa zona, quer confrades que serviram nesta comunidade. (P. Gaetano Montresor, mccj)

Workshop sobre a ecologia integral

Nos dias 3 e 4 de Março de 2023, o escolasticado de Casavatore promoveu um workshop sobre a ecologia integral, animado pelo P. Fernando Zolli e o Irmão Antonio Soffientini, membros da comissão de Justiça e Paz e Integridade da Criação (JPIC) da Província italiana, e por Monica Fioretti e Vittorio Moccia, promotores e apoiantes da resistência dos movimentos de base da Região Campania, contra as descargas dos resíduos tóxicos e a poluição dos solos e do ar.

À luz do “Evangelho da Criação”, das orientações teológicas expressas na encíclica Laudato Si’ e na exortação apostólica Querida Amazónia do Papa Francisco, e das experiências vividas no território – chamado dos antigos Romani Campania Felix e hoje indicada como Terra dos fogos – os escolásticos colheram:

●     O significado da interconexão existente entre a criação e a humanidade;

●     Importância de crescer na consciencialização da destruição que o sistema técnico-científico inflige quer à Mãe Terra, quer aos pobres e excluídos;

●     A urgência de eliminar gradualmente a emissão excessiva para a atmosfera de anidrido carbónico (também conhecido como dióxido de carbono e com a fórmula química CO2), para travar o processo das alterações climáticas;

●     A necessidade de denunciar o saque selvagem e sistemático dos bens comuns, com consequências dramáticas para as populações do Sul do mundo;

●     A importância de crescer no compromisso de assumir a defesa da casa comum, como parte integrante da evangelização.

Como compromissos concretos, os escolásticos adoptaram o Vademecum Laudato Si’ da província italiana, para se educarem a viver os novos estilos de vida e de relações ecológicas; decidiram aderir à Plataforma Laudato Si’ (LSPA), promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, e indicada como prioridade pelo XIX Capítulo Geral do Instituto; e expressaram a sua vontade de crescer na “espiritualidade ecológica”, assumindo o compromisso de realizar novos céus e nova terra, como protectores da criação e dos frágeis, segundo o plano de Deus e revelado por Cristo, «isto é, o desígnio de recapitular em Cristo todas as coisas, tanto as do céu como as da terra» (Ef 1, 9b-10).

PROVÍNCIA DA AMÉRICA CENTRAL

Ordenação sacerdotal de Byron José Valverde Arce

A paróquia de São José Patriarca, na província de Herédia, na Costa Rica, celebrou a ordenação sacerdotal de um dos seus filhos, o diácono Byron José Valverde Arce, dia 25 de Março, Solenidade da Anunciação do Senhor.

Entrado em 2011 no postulantado comboniano, situado no Bairro Sagrada Família, em São José, Byron passou depois em 2015 para o Noviciado Xochimilco, concluído com os primeiros votos a 13 de Maio de 2017, e seguidamente para o Escolasticado de Casavatore (Nápoles, Itália), onde permaneceu até 2021.

Terminados os estudos teológicos, desenvolveu o seu serviço missionário na paróquia de São Luis, Petén, Guatemala, onde emitiu os votos perpétuos a 30 de Setembro de 2022, e recebeu o diaconado pouco depois.

Byron foi ordenado sacerdote por D. Vittorino Girardi, mccj, bispo emérito da diocese de Tilarán-Libéria. Os confrades quiseram mostrar-lhe a sua proximidade espiritual e física participando em grande número na sua ordenação, ao lado da família, amigos e benfeitores.

A paróquia comoveu-se profundamente com este acontecimento único, preparado por uma semana de animação e oração e solenizado por uma vivíssima celebração da festa do seu Patrono, São José.

Durante a jubilosa missa de ordenação, D. Vittorino exortou Byron a continuar a dizer o seu “sim” à missão, à paixão missionária e ao serviço, seguindo o exemplo de Maria, a serva do Senhor. Toda a assembleia fez sua a exortação do bispo com um estridente aplauso.

Rezemos pelos nossos defuntos

*   O PAI: Calixto, do padre Victor Hugo Castillo Matarrita (RCA); Roger Arnaud, do Esc. Tabasse Taramboui Ebed Melek Ruben Dario (RCA); Maurice, do padre Longba Guéndé Godefroy-Médard (RCA).

*   A MÃE: Lindóia Carolina Matzembacher Reghelin, do padre Valnei Pedro Reghelin (BR).

*   O IRMÃO: Giacomo, do padre Rocco Bettoli (A); Giovanni, do padre Carmine Calvisi (I);

*   A IRMÃ: Norina, do padre Gino Melato (I); Paula, do padre Alois Eder (DSP); Evelina, do padre Erminio Pegorari (+1999); Giuseppina, do padre Antonio Di Lella (I); Maria, do irmão Johannes Valentini (DSP).

*   AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. Giovanna Blanchetti; Ir. Stefania Bassan; Ir. Luisa De Berti.

DIRECÇÃO-GERAL

Encontro em Roma dos superiores dos Missionários Combonianos e do Comboni Survivor’s Group

Nos dias 21 e 22 de Março de 2023, o Superior Geral, Padre Tesfaye Tadesse Gebresilasie, juntamente com os membros do Conselho Geral e os Superiores Provinciais, passados e presentes, da Província de Londres, reuniram-se em Roma com os membros do Comboni Survivor’s Group. O encontro incluiu uma audiência privada de quarenta minutos com o Santo Padre, organizada pelo Padre Andrew Small, OMI, Secretário da Pontifícia Comissão para a Protecção dos Menores.

Para os membros do Conselho Geral e para os superiores da Província de Londres, o encontro foi uma oportunidade muito preciosa para encontrar pessoalmente os membros do Grupo e ouvir o seu testemunho. O Cardeal Nichols presidiu às sessões de abertura e encerramento do encontro, no qual participaram também o Padre Andrew Small, e, a pedido expresso do grupo, D. Marcus Stock, actual bispo de Leeds. No encerramento do encontro, quarta-feira à tarde, foi emitido um comunicado. Eis o texto.

Declaração conjunta, na sequência do encontro em Roma do Comboni Survivor’s Group e dos Missionários Combonianos, 21-22 de Março 2023.

Do Comboni Survivor’s Group

Recentemente, o Papa Francisco exortou os responsáveis da Igreja a responder com acções concretas à experiência dos sobreviventes dos abusos sexuais sobre menores por parte do clero. Como Comboni Survivor’s Group, pedimos durante muitos anos aos Missionários Combonianos acções concretas, mas recebemos sobretudo silêncio ou dúvidas sobre a veracidade dos nossos pedidos. Muitas outras vítimas experimentaram reacções semelhantes por parte de responsáveis da Igreja. Este clima de medo e recriminação começou a mudar nos últimos meses, quando nos reunimos e fomos recebidos pelos responsáveis dos Missionários Combonianos, passados e presentes.

Na nossa última reunião participaram os superiores da Província Comboniana de Londres que tinham atendido os nossos pedidos de ajuda e empenho nos últimos vinte e cinco anos. Com eles partilhámos as nossas dolorosas histórias de abusos e a devastação provocada pela terrível resposta que recebemos da Província de Londres quando procurámos ajuda.

Durante o encontro destes dias, que incluiu um encontro com o Papa Francisco, tivemos a sensação de que não só de ser ouvidos, mas também acreditados pelos superiores combonianos, o que nos deu um sentido de tranquilidade. Esta foi uma experiência transformadora para nós, que confirmou a nossa procura de justiça e diálogo como única via de cura para aqueles que foram atingidos pela afronta que nos foi feita.

Olhamos para trás, para todos os erros e incompreensões que sofremos ao longo dos anos por parte dos Missionários Combonianos e vivenciamos um sentimento de aflição ao pensar em como tanto sofrimento poderia ter sido evitado. Com boa vontade e um compromisso comum de diálogo e acção, a frustração e a dor que carregamos há tantos anos podem ser canalizadas de forma a tornar as coisas diferentes, não só para nós, mas também para todos aqueles que enfrentam experiências semelhantes às nossas. O Papa Francisco encorajou-nos a manter o caminho do diálogo e do encontro, mesmo nos dias mais sombrios.

Estamos profundamente gratos aos Missionários Combonianos pelo seu amável convite a vir a Roma, e vemos neles aliados no caminho da cura e regeneração. Estamos mais do que nunca confiantes de que esta “viagem comum” está a ir numa direcção diferente e mais sadia para todos nós, e estamos empenhados em percorrer juntos este caminho.

Do Instituto dos Missionários Combonianos

Agradecemos aos membros do Comboni Survivor’s Group por terem aceitado o nosso convite para virem a Roma e dialogarem com os membros do nosso Conselho Geral e os superiores da Província de Londres, passados e presentes.

Embora também nós tenhamos sido abanados pelos crimes cometidos por alguns confrades e cooperadores leigos do passado, só recentemente conseguimos compreender plenamente o impacto dos danos duradouros que estes abusos têm causado na vida daqueles que foram confiados aos nossos cuidados há muitos anos. Deploramos e condenamos o que aconteceu.

Lamentamos também os mal-entendidos e as oportunidades perdidas na resposta ao Comboni Survivor’s Group, que infelizmente causaram mais danos e feridas àqueles que já tinham sofrido tanto. Lamentamos verdadeiramente os tempos em que não respondemos adequadamente, e pedimos novamente perdão.

Esperamos que o tempo passado juntos traga mais paz e cura, e comprometemo-nos a tomar mais medidas concretas para aliviar o que tem sido uma jornada difícil para eles.

Como responsáveis dos Missionários Combonianos, escutámos as suas experiências, acreditamos nas suas histórias de dor e desilusão e queremos melhorar as coisas o mais possível. Estamos empenhados em aprender com estas experiências e a inseri-las nos programas de protecção da infância no nosso Instituto para garantir que podemos aprender com o passado e prevenir qualquer abuso no futuro.

No diálogo, procuraremos o modo de oferecer o necessário cuidado pastoral e o devido apoio a cada um deles, na medida em que nos é possível.

Por fim, agradecemos ao Papa Francisco que se encontrou connosco, ao Cardeal Vincent Nichols, ao bispo Marcus Stock e ao Padre Andrew, OMI, e a todos aqueles que nos ajudaram a chegar a este momento de graça. Invocamos a ajuda do Senhor, o único que pode fazer novas todas as coisas.

Ordenação sacerdotal

P. Byron José Valverde Arce San José (PCR)         25 Março 2023

Obra do Redentor

Abril                 01 – 15 CN                 16 – 30 EC

Maio                01 – 15 ET                  16 – 31 I

Intenções de oração

Abril – Por quantos vivem nas periferias dos grandes aglomerados urbanos, para que encontrem acolhimento, oportunidades de participação e de resgate, promoção e respeito, para que as cidades readquiram um rosto humano. Oremos.

Maio – Para que a celebração da Jornada Mundial de Oração pelas Vocações suscite no coração dos jovens e das jovens a consciência de que a missão precisa que a sua liberdade responda ao convite de Jesus para ir por todo o mundo testemunhá-Lo. Oremos

ABRIL

Festividades significativas

25

São Pedro de São José

de Betancur, religioso

PCA (Centro-américa, Costa Rica,

Guatemala, El Salvador, Nicarágua)

MAIO

Calendário litúrgico comboniano

Último sábado do mês

Bem-aventurada Virgem Maria,

“Nossa Senhora do Sagrado Coração”

memória

Festividades significativas

MAIO

2

Santo Atanásio, bispo e doutor

da Igreja

Egipto

CÚRIA – CENTRO FORMAÇÃO PERMANENTE

Curso Comboniano de Renovamento 2023 em Roma

O Curso Comboniano de Renovamento (CCR) é um período sabático que o Instituo Comboniano oferece aos confrades com idades entre os 45 e os 65 anos. Este ano, são onze os missionários que o frequentam, na Casa Generalícia em Roma, de Janeiro a Maio, interrompendo as suas actividades para fazerem uma releitura sapiencial da própria vida e regressarem depois à missão.

Os participantes deste ano provêm de nove países e de ministérios diferentes dos vários sectores da pastoral missionária. Quanto a idades, vão dos 55 aos 74 anos. O CCR é coordenado pelo Padre Fermo Bernasconi e pelo Padre Alberto de Oliveira Silva.

Durante o CCR, dá-se muita importância e tempo à vida comunitária, à reflexão e à oração pessoal em grupos, o que permite a cada um partilhar mais livremente e facilmente as suas experiências de vida pessoal e de missão, e favorecer o conhecimento recíproco.

Habitualmente, em cada manhã é apresentado um tema de formação, com o objectivo de ajudar os confrades a rever as várias etapas da vida pessoal, comunitária, religiosa e missionária. Por isso, semana a semana, seguem-se diversos temas, que incluem as diferentes dimensões da vida e ajudam cada missionário a fazer uma releitura da sua vida individual e comunitária, a renovar-se do ponto de vista espiritual e vocacional, a recordar a vida e os Escritos de Comboni, e a rever o estilo de vida perante os vários desafios da missão hoje, tendo em conta também os Documentos do XIX Capítulo Geral.

O CCR inclui diversas visitas de estudo e de convívio, a fim de criar um espírito comunitário. O grupo já foi a Greccio e Fonte Colombo – terra de São Francisco, grande inspirador da vida simples e da missão – e a Subiaco, terra de São Bento, e já visitou e participou em diversas celebrações no vizinho Mosteiro das “Tre Fontane”.A última visita foi à comunidade de Castel Volturno, autêntica “peregrinação” nos desafios da missão comboniana na Europa, ao serviço de muitíssimos imigrados e da população local, para um enriquecimento recíproco.

Em programa, encontram-se ainda duas visitas muitos especiais, que suscitam em todos grandes expectativas: a Verona e Limone sul Garda, terra do Pai e Fundador São Daniel Comboni, e, durante as últimas semanas, à Terra Santa, para conhecer os lugares bíblicos e os caminhos onde Jesus realizou a sua missão.

O Padre Pierino Landonio conta-nos como está a avançar o curso, não obstante o número exíguo dos participantes, e como o grupo o está a viver pessoalmente. «Fomos bem acolhidos pelas duas comunidades presentes na Casa Generalícia, e somos acompanhados “magistralmente”. Achamos muito interessantes os temas tratados. Não há dúvidas de que o curso está a traduzir-se numa experiência enriquecedora para cada um de nós. Depois de decénios de vida empenhados em vários países num serviço missionário, por vezes infrutífero ou aparentemente pouco frutuoso, o regressar aos próprios passos e reservar mais tempo para estar com Ele numa dimensão contemplativa, no final será apenas para o bem da própria Missão».

BRASIL

A diocese católica de Roraima acolhe o novo pastor

A sede da diocese católica de Roraima ficou vacante desde que o bispo Dom Mário Antonio da Silver foi transferido para a arquidiocese do Mato Grosso no mês de Maio de 2022. Durante este período de cerca de dez meses, a diocese foi confiada ao padre Lucio Nicoletto, sacerdote fidei donum da diocese de Pádua (Itália), na qualidade de administrador diocesano.

Dia 25 de Janeiro passado, por ocasião da festa da conversão de São Paulo, o Papa Francisco nomeou Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, de 62 anos, anteriormente bispo da diocese de Marejó, décimo bispo da diocese de Roraima.

A bela celebração eucarística de tomada de posse realizou-se na Solenidade da Anunciação, dia 25 de Março de 2023, na praça central da cidade, em frente à Catedral “Cristo Redentor”, na presença do Cardeal de Amazon, Dom Leonardo, de vários bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e funcionários do Governo. Foram numerosos os fiéis leigos provenientes do centro e fora da diocese.

O lema episcopal de Dom Evaristo, que sobressai no seu brasão, é “Faz-te ao largo”, isto é, as palavras que Jesus dirigiu a Pedro, convidando-o a lançar as redes para águas mais profundas (Lucas 5, 4).

O novo bispo conhece bem os desafios que a diocese à frente da qual foi colocado tem de enfrentar. Entre estes sobressai a situação dos migrantes e dos grupos índios. A cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, é meta de muitos migrantes provenientes sobretudo da Venezuela. A diocese acolhe-os e oferece-lhes o apoio necessário.

O Estado de Roraima tem a maior população de índios do Brasil, subdividida em vários grupos: Macuxis, Wapichanas, Ingarikos, Ianomâmis, etc. Os Ianomâmis têm atraído sobre si a atenção dos meios de comunicação local e internacional porque na sua terra ancestral são atormentados pelo crescente número de minas ilegais e de ocupações ilícitas de terras indígenas, bem como pela fome, poluição, alta mortalidade infantil e por doenças como a malária. Desde 2003, os missionários combonianos trabalham entre os índios Macuxis e Wapichanas.

Na sua homilia, o novo bispo reafirmou a opção preferencial pelos índios e os migrantes. Disse: «Sei que a Amazónia está no coração do Papa Francisco. Chamado a ser fiel ao Evangelho, vejo esta minha vinda para Roraima como parte do plano de Deus para mim e para esta igreja local. Portanto, tenciono agir em comunhão com toda a Igreja, num espírito de sinodalidade». Depois, concluiu agradecendo aos seus predecessores e ao administrador diocesano pelo serviço prestado à Igreja local. (P. Teddy Keyari Njaya, mccj)

ESPANHA

Encontro da Família Comboniana

A Família Comboniana de Espanha reuniu-se dias 11 e 12 de Março de 2023 em Madrid. O tema central do encontro foi a partilha do caminho que estamos a levar por diante a nível mundial, aproveitando também a ocasião dos Capítulos Gerais dos Combonianos e das Combonianas e das Assembleias Continentais dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) na América e África, todos celebrados recentemente.

O encontro foi aberto pelo padre Pedro Andrés, que relatou como se desenvolveu o Capítulo Geral, ao passo que a tarde de sábado foi utilizada para conhecer de perto o Capítulo das Combonianas.

Domingo foi a apresentação dos LMC. Num primeiro momento, Isabel, coordenadora do grupo de coordenação da Espanha, falou da última assembleia e dos desafios que temos pela frente como grupo espanhol: em particular, a necessidade de compreender quantos estamos e aonde estamos presentes, e as iniciativas que levamos por diante. Logo depois, houve a partilha sobre os encontros celebrados este ano a nível continental na América (Lima-Peru), e na África (Cotonou-Benim). O aspecto mais importante foi sobretudo a possibilidade de aprofundar a riqueza e as fraquezas dos nossos LMC nestes continentes.

Por fim, os responsáveis dos três “ramos” que participaram no encontro, conjuntamente na sua despedida, expressaram o convite a prosseguir este empenho de família.

O encontro terminou com a celebração eucarística no decorrer da qual foi dedicado um momento especial ao Padre Pedro Andrés que, depois destes anos como provincial de Espanha, está de partida para o Peru.

(Alberto de la Portilla, Coordenador do Comité Central dos LMC e membro dos LMC de Espanha)

ETIÓPIA

Seca entre os Boranas – Visita às zonas atingidas

Entre os dias 10 e 13 de Março, o arcebispo de Adis Abeba, o cardeal Berhaneyesus Souraphiel, e os representantes do Vicariato de Hawassa, P. Juan González Núñez, administrador apostólico, P. Nicola Di Iorio, vigário delegado, e don Tsegaye Getahun, director do Secretariado católico de Hawassa, deslocaram-se em visita à região dos Boranas, situada no sul do Vicariato, habitada em grande parte pelo homónimo grupo étnico, uma das zonas mais atingidas pela seca, para levar ajuda e, sobretudo, uma palavra de esperança às muitas vítimas.

Na Etiópia, diz-se que, se se pede água a um borana, ele oferece leite. Hoje, porém, este generoso povo não pode oferecer nem leite nem égua: a gente e o seu gado estão a morrer literalmente de sede.

Os Boranas ocupam a parte mais meridional da Etiópia, na fronteira com o Quénia. A sua terra é uma estepe perenemente árida, mas, se as chuvas são regulares, é capaz de sustentar dois ou três milhões de bovinos, além de grandes rebanhos de cabras.

Infelizmente, o padrão normal de pluviosidade no distrito alterou-se drasticamente. Há cinco anos que não chove, e a capacidade da região para fazer face a uma tal catástrofe esgotou-se totalmente. Um após outro, todos os pontos de água secaram e quase todo o gado morreu. Fala-se pelo menos de dois milhões de cabeças de gado mortas de fome e sede.

É preciso recuar até ao longínquo ano de 1984 para encontrar uma semelhante tragédia. Eu fui pessoalmente testemunha disso. Naquele terrível ano, as vítimas entre os Boranas ultrapassaram o milhão. O Governo promete que não deixará morrer um só indivíduo por causa da seca. Talvez até pudesse ser bem sucedido, se amontoasse todos os Boranas em campos para pessoas deslocadas. No entanto, não será possível saber ao certo quantos terão sido mortos por desnutrição e fome. Gradualmente, a maior parte das pessoas já se transferiu para campos de desalojados organizados pelo Governo.

A delegação da Igreja Católica, liderada pelo cardeal de Adis Abeba, visitou o campo de Dubluk, que, com 80 000 residentes, é um dos maiores da zona. Os desalojados vivem principalmente em tendas, alguns são alojados em autênticas cabanas, outros ainda em barracas de estacas cobertas de toldos de plástico. As pessoas aparecem limpas, vestidas decentemente e bem nutridas: as roupas e os alimentos são fornecidos pelo Governo e por entidades de beneficência. Mas há uma sensação de desconforto entre aqueles que em tempos eram abastados e perderam tudo. Como referido acima, a seca já dura há cinco anos: a mais longa de que a gente tem memória. Desde o início, o Vicariato de Hawassa esteve presente, ajudando os desalojados de todas as formas possíveis. Entre os Boranas encontram-se três missões católicas geridas pelos Missionários Espiritanos, que se distinguiram pelo seu trabalho social através de escolas, residências para estudantes e escavação de poços de água.

O Vicariato enquanto tal sempre assistiu a população afectada. Mas não sabemos até quando a emergência durará. Até hoje, conseguimos assistir cerca de um milhão e meio de pessoas, distribuindo-lhes enormes quantidades de ajudas recebidas de organizações como a Cáritas América, a Cáritas Áustria, e outras ainda.

No dia da nossa visita às populações deslocadas, começou a chover. Vamos ver se agora a gente começa a dizer que foram os católicos que levaram a chuva! Seria um curioso equívoco. Sabemos bem que somente Deus é o Senhor de tudo aquilo que a sua providência põe à nossa disposição. (P. Juan González Núñez, mccj)

ITÁLIA

Festa dos familiares dos combonianos italianos em Pádua

«Foi bom estarmos juntos, estarmos juntos e vivermos um dia em família». Foram estes os comentários que se ouviram dos lábios dos familiares dos combonianos, reunidos no domingo 12 de Março na casa de Pádua, para o seu encontro anual. Juntamente com os confrades da comunidade, encontravam-se cerca de noventa pessoas, felizes e reconhecidas pela bela jornada passada juntos. Alguém comentou: «O estilo do nosso encontro de hoje foi diferente do habitual: o ambiente foi particularmente familiar». De resto, os protagonistas do dia foram eles, os familiares, que falaram do seu filho ou irmão missionário.

O P. Gaetano Montresor deu o tom da festa, reafirmando, mais uma vez, que «cada comboniano torna “comboniana” toda a família, pelo que a família de um se torna a família de todos, e cada comboniano sente-se em sua casa quando visita a família de um confrade».

O encontro começou com um suceder-se de relatos de vida comboniana. Depois, houve a intervenção do P. Eliseo Tacchella, que retomou alguns pontos da recente visita do Papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. Para resumir as mensagens fortes, pronunciadas pelo Papa Francisco durante a sua viagem, citou a seguinte frase: «Tirem as mãos da África!». O P. Eliseo também apresentou a situação de verdadeiro saque dos minerais da RD Congo, e as modalidades verdadeiramente terríveis com que é perpetuada a exploração das minas. Por fim, elencou os indizíveis sofrimentos das populações e descreveu o estado de absoluta pobreza em que são obrigadas a viver.

Respondendo à pergunta frequentemente colocada sobre a razão da presença de missionários combonianos na América Latina, um instituto fundado principalmente para a evangelização da África, o P. Alessio Geraci explicou, com documentos na mão, como o Instituto, na verdade, respondeu a pedidos bem precisos e insistentes provenientes das Igrejas da América Latina e calorosamente apoiadas pela própria Santa Sé. «Se a Igreja chama, o comboniano responde». Hoje, continuou o P. Alessio, os Combonianos estão seriamente empenhados na proclamação do Evangelho naquelas terras, com particular atenção aos gigantescos desafios causados pela destruição cada vez mais selvagem dos ecossistemas, às trágicas situações em que são relegadas algumas minorias étnicas, aos surtos de violência cada vez mais frequentes e à fragilidade de algumas democracias.

A este intenso momento de relatos e informações seguiu-se a celebração da Eucaristia, que contribuiu de maneira vigorosa para fazer crescer em todos os presentes o espírito de família comboniana. Foram recordados os nomes dos familiares recentemente falecidos, em particular as mães, os pais, os irmãos e irmãs de missionários combonianos, e também de numerosos padres e irmãos combonianos, quer originários da nossa zona, quer confrades que serviram nesta comunidade. (P. Gaetano Montresor, mccj)

Workshop sobre a ecologia integral

Nos dias 3 e 4 de Março de 2023, o escolasticado de Casavatore promoveu um workshop sobre a ecologia integral, animado pelo P. Fernando Zolli e o Irmão Antonio Soffientini, membros da comissão de Justiça e Paz e Integridade da Criação (JPIC) da Província italiana, e por Monica Fioretti e Vittorio Moccia, promotores e apoiantes da resistência dos movimentos de base da Região Campania, contra as descargas dos resíduos tóxicos e a poluição dos solos e do ar.

À luz do “Evangelho da Criação”, das orientações teológicas expressas na encíclica Laudato Si’ e na exortação apostólica Querida Amazónia do Papa Francisco, e das experiências vividas no território – chamado dos antigos Romani Campania Felix e hoje indicada como Terra dos fogos – os escolásticos colheram:

●     O significado da interconexão existente entre a criação e a humanidade;

●     Importância de crescer na consciencialização da destruição que o sistema técnico-científico inflige quer à Mãe Terra, quer aos pobres e excluídos;

●     A urgência de eliminar gradualmente a emissão excessiva para a atmosfera de anidrido carbónico (também conhecido como dióxido de carbono e com a fórmula química CO2), para travar o processo das alterações climáticas;

●     A necessidade de denunciar o saque selvagem e sistemático dos bens comuns, com consequências dramáticas para as populações do Sul do mundo;

●     A importância de crescer no compromisso de assumir a defesa da casa comum, como parte integrante da evangelização.

Como compromissos concretos, os escolásticos adoptaram o Vademecum Laudato Si’ da província italiana, para se educarem a viver os novos estilos de vida e de relações ecológicas; decidiram aderir à Plataforma Laudato Si’ (LSPA), promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, e indicada como prioridade pelo XIX Capítulo Geral do Instituto; e expressaram a sua vontade de crescer na “espiritualidade ecológica”, assumindo o compromisso de realizar novos céus e nova terra, como protectores da criação e dos frágeis, segundo o plano de Deus e revelado por Cristo, «isto é, o desígnio de recapitular em Cristo todas as coisas, tanto as do céu como as da terra» (Ef 1, 9b-10).

PROVÍNCIA DA AMÉRICA CENTRAL

Ordenação sacerdotal de Byron José Valverde Arce

A paróquia de São José Patriarca, na província de Herédia, na Costa Rica, celebrou a ordenação sacerdotal de um dos seus filhos, o diácono Byron José Valverde Arce, dia 25 de Março, Solenidade da Anunciação do Senhor.

Entrado em 2011 no postulantado comboniano, situado no Bairro Sagrada Família, em São José, Byron passou depois em 2015 para o Noviciado Xochimilco, concluído com os primeiros votos a 13 de Maio de 2017, e seguidamente para o Escolasticado de Casavatore (Nápoles, Itália), onde permaneceu até 2021.

Terminados os estudos teológicos, desenvolveu o seu serviço missionário na paróquia de São Luis, Petén, Guatemala, onde emitiu os votos perpétuos a 30 de Setembro de 2022, e recebeu o diaconado pouco depois.

Byron foi ordenado sacerdote por D. Vittorino Girardi, mccj, bispo emérito da diocese de Tilarán-Libéria. Os confrades quiseram mostrar-lhe a sua proximidade espiritual e física participando em grande número na sua ordenação, ao lado da família, amigos e benfeitores.

A paróquia comoveu-se profundamente com este acontecimento único, preparado por uma semana de animação e oração e solenizado por uma vivíssima celebração da festa do seu Patrono, São José.

Durante a jubilosa missa de ordenação, D. Vittorino exortou Byron a continuar a dizer o seu “sim” à missão, à paixão missionária e ao serviço, seguindo o exemplo de Maria, a serva do Senhor. Toda a assembleia fez sua a exortação do bispo com um estridente aplauso.

Rezemos pelos nossos defuntos

*   O PAI: Calixto, do padre Victor Hugo Castillo Matarrita (RCA); Roger Arnaud, do Esc. Tabasse Taramboui Ebed Melek Ruben Dario (RCA); Maurice, do padre Longba Guéndé Godefroy-Médard (RCA).

*   A MÃE: Lindóia Carolina Matzembacher Reghelin, do padre Valnei Pedro Reghelin (BR).

*   O IRMÃO: Giacomo, do padre Rocco Bettoli (A); Giovanni, do padre Carmine Calvisi (I);

*   A IRMÃ: Norina, do padre Gino Melato (I); Paula, do padre Alois Eder (DSP); Evelina, do padre Erminio Pegorari (+1999); Giuseppina, do padre Antonio Di Lella (I); Maria, do irmão Johannes Valentini (DSP).

*   AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. Giovanna Blanchetti; Ir. Stefania Bassan; Ir. Luisa De Berti.

DIRECÇÃO-GERAL

Encontro em Roma dos superiores dos Missionários Combonianos e do Comboni Survivor’s Group

Nos dias 21 e 22 de Março de 2023, o Superior Geral, Padre Tesfaye Tadesse Gebresilasie, juntamente com os membros do Conselho Geral e os Superiores Provinciais, passados e presentes, da Província de Londres, reuniram-se em Roma com os membros do Comboni Survivor’s Group. O encontro incluiu uma audiência privada de quarenta minutos com o Santo Padre, organizada pelo Padre Andrew Small, OMI, Secretário da Pontifícia Comissão para a Protecção dos Menores.

Para os membros do Conselho Geral e para os superiores da Província de Londres, o encontro foi uma oportunidade muito preciosa para encontrar pessoalmente os membros do Grupo e ouvir o seu testemunho. O Cardeal Nichols presidiu às sessões de abertura e encerramento do encontro, no qual participaram também o Padre Andrew Small, e, a pedido expresso do grupo, D. Marcus Stock, actual bispo de Leeds. No encerramento do encontro, quarta-feira à tarde, foi emitido um comunicado. Eis o texto.

Declaração conjunta, na sequência do encontro em Roma do Comboni Survivor’s Group e dos Missionários Combonianos, 21-22 de Março 2023.

Do Comboni Survivor’s Group

Recentemente, o Papa Francisco exortou os responsáveis da Igreja a responder com acções concretas à experiência dos sobreviventes dos abusos sexuais sobre menores por parte do clero. Como Comboni Survivor’s Group, pedimos durante muitos anos aos Missionários Combonianos acções concretas, mas recebemos sobretudo silêncio ou dúvidas sobre a veracidade dos nossos pedidos. Muitas outras vítimas experimentaram reacções semelhantes por parte de responsáveis da Igreja. Este clima de medo e recriminação começou a mudar nos últimos meses, quando nos reunimos e fomos recebidos pelos responsáveis dos Missionários Combonianos, passados e presentes.

Na nossa última reunião participaram os superiores da Província Comboniana de Londres que tinham atendido os nossos pedidos de ajuda e empenho nos últimos vinte e cinco anos. Com eles partilhámos as nossas dolorosas histórias de abusos e a devastação provocada pela terrível resposta que recebemos da Província de Londres quando procurámos ajuda.

Durante o encontro destes dias, que incluiu um encontro com o Papa Francisco, tivemos a sensação de que não só de ser ouvidos, mas também acreditados pelos superiores combonianos, o que nos deu um sentido de tranquilidade. Esta foi uma experiência transformadora para nós, que confirmou a nossa procura de justiça e diálogo como única via de cura para aqueles que foram atingidos pela afronta que nos foi feita.

Olhamos para trás, para todos os erros e incompreensões que sofremos ao longo dos anos por parte dos Missionários Combonianos e vivenciamos um sentimento de aflição ao pensar em como tanto sofrimento poderia ter sido evitado. Com boa vontade e um compromisso comum de diálogo e acção, a frustração e a dor que carregamos há tantos anos podem ser canalizadas de forma a tornar as coisas diferentes, não só para nós, mas também para todos aqueles que enfrentam experiências semelhantes às nossas. O Papa Francisco encorajou-nos a manter o caminho do diálogo e do encontro, mesmo nos dias mais sombrios.

Estamos profundamente gratos aos Missionários Combonianos pelo seu amável convite a vir a Roma, e vemos neles aliados no caminho da cura e regeneração. Estamos mais do que nunca confiantes de que esta “viagem comum” está a ir numa direcção diferente e mais sadia para todos nós, e estamos empenhados em percorrer juntos este caminho.

Do Instituto dos Missionários Combonianos

Agradecemos aos membros do Comboni Survivor’s Group por terem aceitado o nosso convite para virem a Roma e dialogarem com os membros do nosso Conselho Geral e os superiores da Província de Londres, passados e presentes.

Embora também nós tenhamos sido abanados pelos crimes cometidos por alguns confrades e cooperadores leigos do passado, só recentemente conseguimos compreender plenamente o impacto dos danos duradouros que estes abusos têm causado na vida daqueles que foram confiados aos nossos cuidados há muitos anos. Deploramos e condenamos o que aconteceu.

Lamentamos também os mal-entendidos e as oportunidades perdidas na resposta ao Comboni Survivor’s Group, que infelizmente causaram mais danos e feridas àqueles que já tinham sofrido tanto. Lamentamos verdadeiramente os tempos em que não respondemos adequadamente, e pedimos novamente perdão.

Esperamos que o tempo passado juntos traga mais paz e cura, e comprometemo-nos a tomar mais medidas concretas para aliviar o que tem sido uma jornada difícil para eles.

Como responsáveis dos Missionários Combonianos, escutámos as suas experiências, acreditamos nas suas histórias de dor e desilusão e queremos melhorar as coisas o mais possível. Estamos empenhados em aprender com estas experiências e a inseri-las nos programas de protecção da infância no nosso Instituto para garantir que podemos aprender com o passado e prevenir qualquer abuso no futuro.

No diálogo, procuraremos o modo de oferecer o necessário cuidado pastoral e o devido apoio a cada um deles, na medida em que nos é possível.

Por fim, agradecemos ao Papa Francisco que se encontrou connosco, ao Cardeal Vincent Nichols, ao bispo Marcus Stock e ao Padre Andrew, OMI, e a todos aqueles que nos ajudaram a chegar a este momento de graça. Invocamos a ajuda do Senhor, o único que pode fazer novas todas as coisas.

Ordenação sacerdotal

P. Byron José Valverde Arce San José (PCR)         25 Março 2023

Obra do Redentor

Abril                 01 – 15 CN                 16 – 30 EC

Maio                01 – 15 ET                  16 – 31 I

Intenções de oração

Abril – Por quantos vivem nas periferias dos grandes aglomerados urbanos, para que encontrem acolhimento, oportunidades de participação e de resgate, promoção e respeito, para que as cidades readquiram um rosto humano. Oremos.

Maio – Para que a celebração da Jornada Mundial de Oração pelas Vocações suscite no coração dos jovens e das jovens a consciência de que a missão precisa que a sua liberdade responda ao convite de Jesus para ir por todo o mundo testemunhá-Lo. Oremos

ABRIL

Festividades significativas

25

São Pedro de São José

de Betancur, religioso

PCA (Centro-américa, Costa Rica,

Guatemala, El Salvador, Nicarágua)

MAIO

Calendário litúrgico comboniano

Último sábado do mês

Bem-aventurada Virgem Maria,

“Nossa Senhora do Sagrado Coração”

memória

Festividades significativas

MAIO

2

Santo Atanásio, bispo e doutor

da Igreja

Egipto

CÚRIA – CENTRO FORMAÇÃO PERMANENTE

Curso Comboniano de Renovamento 2023 em Roma

O Curso Comboniano de Renovamento (CCR) é um período sabático que o Instituo Comboniano oferece aos confrades com idades entre os 45 e os 65 anos. Este ano, são onze os missionários que o frequentam, na Casa Generalícia em Roma, de Janeiro a Maio, interrompendo as suas actividades para fazerem uma releitura sapiencial da própria vida e regressarem depois à missão.

Os participantes deste ano provêm de nove países e de ministérios diferentes dos vários sectores da pastoral missionária. Quanto a idades, vão dos 55 aos 74 anos. O CCR é coordenado pelo Padre Fermo Bernasconi e pelo Padre Alberto de Oliveira Silva.

Durante o CCR, dá-se muita importância e tempo à vida comunitária, à reflexão e à oração pessoal em grupos, o que permite a cada um partilhar mais livremente e facilmente as suas experiências de vida pessoal e de missão, e favorecer o conhecimento recíproco.

Habitualmente, em cada manhã é apresentado um tema de formação, com o objectivo de ajudar os confrades a rever as várias etapas da vida pessoal, comunitária, religiosa e missionária. Por isso, semana a semana, seguem-se diversos temas, que incluem as diferentes dimensões da vida e ajudam cada missionário a fazer uma releitura da sua vida individual e comunitária, a renovar-se do ponto de vista espiritual e vocacional, a recordar a vida e os Escritos de Comboni, e a rever o estilo de vida perante os vários desafios da missão hoje, tendo em conta também os Documentos do XIX Capítulo Geral.

O CCR inclui diversas visitas de estudo e de convívio, a fim de criar um espírito comunitário. O grupo já foi a Greccio e Fonte Colombo – terra de São Francisco, grande inspirador da vida simples e da missão – e a Subiaco, terra de São Bento, e já visitou e participou em diversas celebrações no vizinho Mosteiro das “Tre Fontane”.A última visita foi à comunidade de Castel Volturno, autêntica “peregrinação” nos desafios da missão comboniana na Europa, ao serviço de muitíssimos imigrados e da população local, para um enriquecimento recíproco.

Em programa, encontram-se ainda duas visitas muitos especiais, que suscitam em todos grandes expectativas: a Verona e Limone sul Garda, terra do Pai e Fundador São Daniel Comboni, e, durante as últimas semanas, à Terra Santa, para conhecer os lugares bíblicos e os caminhos onde Jesus realizou a sua missão.

O Padre Pierino Landonio conta-nos como está a avançar o curso, não obstante o número exíguo dos participantes, e como o grupo o está a viver pessoalmente. «Fomos bem acolhidos pelas duas comunidades presentes na Casa Generalícia, e somos acompanhados “magistralmente”. Achamos muito interessantes os temas tratados. Não há dúvidas de que o curso está a traduzir-se numa experiência enriquecedora para cada um de nós. Depois de decénios de vida empenhados em vários países num serviço missionário, por vezes infrutífero ou aparentemente pouco frutuoso, o regressar aos próprios passos e reservar mais tempo para estar com Ele numa dimensão contemplativa, no final será apenas para o bem da própria Missão».

BRASIL

A diocese católica de Roraima acolhe o novo pastor

A sede da diocese católica de Roraima ficou vacante desde que o bispo Dom Mário Antonio da Silver foi transferido para a arquidiocese do Mato Grosso no mês de Maio de 2022. Durante este período de cerca de dez meses, a diocese foi confiada ao padre Lucio Nicoletto, sacerdote fidei donum da diocese de Pádua (Itália), na qualidade de administrador diocesano.

Dia 25 de Janeiro passado, por ocasião da festa da conversão de São Paulo, o Papa Francisco nomeou Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, de 62 anos, anteriormente bispo da diocese de Marejó, décimo bispo da diocese de Roraima.

A bela celebração eucarística de tomada de posse realizou-se na Solenidade da Anunciação, dia 25 de Março de 2023, na praça central da cidade, em frente à Catedral “Cristo Redentor”, na presença do Cardeal de Amazon, Dom Leonardo, de vários bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e funcionários do Governo. Foram numerosos os fiéis leigos provenientes do centro e fora da diocese.

O lema episcopal de Dom Evaristo, que sobressai no seu brasão, é “Faz-te ao largo”, isto é, as palavras que Jesus dirigiu a Pedro, convidando-o a lançar as redes para águas mais profundas (Lucas 5, 4).

O novo bispo conhece bem os desafios que a diocese à frente da qual foi colocado tem de enfrentar. Entre estes sobressai a situação dos migrantes e dos grupos índios. A cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, é meta de muitos migrantes provenientes sobretudo da Venezuela. A diocese acolhe-os e oferece-lhes o apoio necessário.

O Estado de Roraima tem a maior população de índios do Brasil, subdividida em vários grupos: Macuxis, Wapichanas, Ingarikos, Ianomâmis, etc. Os Ianomâmis têm atraído sobre si a atenção dos meios de comunicação local e internacional porque na sua terra ancestral são atormentados pelo crescente número de minas ilegais e de ocupações ilícitas de terras indígenas, bem como pela fome, poluição, alta mortalidade infantil e por doenças como a malária. Desde 2003, os missionários combonianos trabalham entre os índios Macuxis e Wapichanas.

Na sua homilia, o novo bispo reafirmou a opção preferencial pelos índios e os migrantes. Disse: «Sei que a Amazónia está no coração do Papa Francisco. Chamado a ser fiel ao Evangelho, vejo esta minha vinda para Roraima como parte do plano de Deus para mim e para esta igreja local. Portanto, tenciono agir em comunhão com toda a Igreja, num espírito de sinodalidade». Depois, concluiu agradecendo aos seus predecessores e ao administrador diocesano pelo serviço prestado à Igreja local. (P. Teddy Keyari Njaya, mccj)

ESPANHA

Encontro da Família Comboniana

A Família Comboniana de Espanha reuniu-se dias 11 e 12 de Março de 2023 em Madrid. O tema central do encontro foi a partilha do caminho que estamos a levar por diante a nível mundial, aproveitando também a ocasião dos Capítulos Gerais dos Combonianos e das Combonianas e das Assembleias Continentais dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) na América e África, todos celebrados recentemente.

O encontro foi aberto pelo padre Pedro Andrés, que relatou como se desenvolveu o Capítulo Geral, ao passo que a tarde de sábado foi utilizada para conhecer de perto o Capítulo das Combonianas.

Domingo foi a apresentação dos LMC. Num primeiro momento, Isabel, coordenadora do grupo de coordenação da Espanha, falou da última assembleia e dos desafios que temos pela frente como grupo espanhol: em particular, a necessidade de compreender quantos estamos e aonde estamos presentes, e as iniciativas que levamos por diante. Logo depois, houve a partilha sobre os encontros celebrados este ano a nível continental na América (Lima-Peru), e na África (Cotonou-Benim). O aspecto mais importante foi sobretudo a possibilidade de aprofundar a riqueza e as fraquezas dos nossos LMC nestes continentes.

Por fim, os responsáveis dos três “ramos” que participaram no encontro, conjuntamente na sua despedida, expressaram o convite a prosseguir este empenho de família.

O encontro terminou com a celebração eucarística no decorrer da qual foi dedicado um momento especial ao Padre Pedro Andrés que, depois destes anos como provincial de Espanha, está de partida para o Peru.

(Alberto de la Portilla, Coordenador do Comité Central dos LMC e membro dos LMC de Espanha)

ETIÓPIA

Seca entre os Boranas – Visita às zonas atingidas

Entre os dias 10 e 13 de Março, o arcebispo de Adis Abeba, o cardeal Berhaneyesus Souraphiel, e os representantes do Vicariato de Hawassa, P. Juan González Núñez, administrador apostólico, P. Nicola Di Iorio, vigário delegado, e don Tsegaye Getahun, director do Secretariado católico de Hawassa, deslocaram-se em visita à região dos Boranas, situada no sul do Vicariato, habitada em grande parte pelo homónimo grupo étnico, uma das zonas mais atingidas pela seca, para levar ajuda e, sobretudo, uma palavra de esperança às muitas vítimas.

Na Etiópia, diz-se que, se se pede água a um borana, ele oferece leite. Hoje, porém, este generoso povo não pode oferecer nem leite nem égua: a gente e o seu gado estão a morrer literalmente de sede.

Os Boranas ocupam a parte mais meridional da Etiópia, na fronteira com o Quénia. A sua terra é uma estepe perenemente árida, mas, se as chuvas são regulares, é capaz de sustentar dois ou três milhões de bovinos, além de grandes rebanhos de cabras.

Infelizmente, o padrão normal de pluviosidade no distrito alterou-se drasticamente. Há cinco anos que não chove, e a capacidade da região para fazer face a uma tal catástrofe esgotou-se totalmente. Um após outro, todos os pontos de água secaram e quase todo o gado morreu. Fala-se pelo menos de dois milhões de cabeças de gado mortas de fome e sede.

É preciso recuar até ao longínquo ano de 1984 para encontrar uma semelhante tragédia. Eu fui pessoalmente testemunha disso. Naquele terrível ano, as vítimas entre os Boranas ultrapassaram o milhão. O Governo promete que não deixará morrer um só indivíduo por causa da seca. Talvez até pudesse ser bem sucedido, se amontoasse todos os Boranas em campos para pessoas deslocadas. No entanto, não será possível saber ao certo quantos terão sido mortos por desnutrição e fome. Gradualmente, a maior parte das pessoas já se transferiu para campos de desalojados organizados pelo Governo.

A delegação da Igreja Católica, liderada pelo cardeal de Adis Abeba, visitou o campo de Dubluk, que, com 80 000 residentes, é um dos maiores da zona. Os desalojados vivem principalmente em tendas, alguns são alojados em autênticas cabanas, outros ainda em barracas de estacas cobertas de toldos de plástico. As pessoas aparecem limpas, vestidas decentemente e bem nutridas: as roupas e os alimentos são fornecidos pelo Governo e por entidades de beneficência. Mas há uma sensação de desconforto entre aqueles que em tempos eram abastados e perderam tudo. Como referido acima, a seca já dura há cinco anos: a mais longa de que a gente tem memória. Desde o início, o Vicariato de Hawassa esteve presente, ajudando os desalojados de todas as formas possíveis. Entre os Boranas encontram-se três missões católicas geridas pelos Missionários Espiritanos, que se distinguiram pelo seu trabalho social através de escolas, residências para estudantes e escavação de poços de água.

O Vicariato enquanto tal sempre assistiu a população afectada. Mas não sabemos até quando a emergência durará. Até hoje, conseguimos assistir cerca de um milhão e meio de pessoas, distribuindo-lhes enormes quantidades de ajudas recebidas de organizações como a Cáritas América, a Cáritas Áustria, e outras ainda.

No dia da nossa visita às populações deslocadas, começou a chover. Vamos ver se agora a gente começa a dizer que foram os católicos que levaram a chuva! Seria um curioso equívoco. Sabemos bem que somente Deus é o Senhor de tudo aquilo que a sua providência põe à nossa disposição. (P. Juan González Núñez, mccj)

ITÁLIA

Festa dos familiares dos combonianos italianos em Pádua

«Foi bom estarmos juntos, estarmos juntos e vivermos um dia em família». Foram estes os comentários que se ouviram dos lábios dos familiares dos combonianos, reunidos no domingo 12 de Março na casa de Pádua, para o seu encontro anual. Juntamente com os confrades da comunidade, encontravam-se cerca de noventa pessoas, felizes e reconhecidas pela bela jornada passada juntos. Alguém comentou: «O estilo do nosso encontro de hoje foi diferente do habitual: o ambiente foi particularmente familiar». De resto, os protagonistas do dia foram eles, os familiares, que falaram do seu filho ou irmão missionário.

O P. Gaetano Montresor deu o tom da festa, reafirmando, mais uma vez, que «cada comboniano torna “comboniana” toda a família, pelo que a família de um se torna a família de todos, e cada comboniano sente-se em sua casa quando visita a família de um confrade».

O encontro começou com um suceder-se de relatos de vida comboniana. Depois, houve a intervenção do P. Eliseo Tacchella, que retomou alguns pontos da recente visita do Papa Francisco à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. Para resumir as mensagens fortes, pronunciadas pelo Papa Francisco durante a sua viagem, citou a seguinte frase: «Tirem as mãos da África!». O P. Eliseo também apresentou a situação de verdadeiro saque dos minerais da RD Congo, e as modalidades verdadeiramente terríveis com que é perpetuada a exploração das minas. Por fim, elencou os indizíveis sofrimentos das populações e descreveu o estado de absoluta pobreza em que são obrigadas a viver.

Respondendo à pergunta frequentemente colocada sobre a razão da presença de missionários combonianos na América Latina, um instituto fundado principalmente para a evangelização da África, o P. Alessio Geraci explicou, com documentos na mão, como o Instituto, na verdade, respondeu a pedidos bem precisos e insistentes provenientes das Igrejas da América Latina e calorosamente apoiadas pela própria Santa Sé. «Se a Igreja chama, o comboniano responde». Hoje, continuou o P. Alessio, os Combonianos estão seriamente empenhados na proclamação do Evangelho naquelas terras, com particular atenção aos gigantescos desafios causados pela destruição cada vez mais selvagem dos ecossistemas, às trágicas situações em que são relegadas algumas minorias étnicas, aos surtos de violência cada vez mais frequentes e à fragilidade de algumas democracias.

A este intenso momento de relatos e informações seguiu-se a celebração da Eucaristia, que contribuiu de maneira vigorosa para fazer crescer em todos os presentes o espírito de família comboniana. Foram recordados os nomes dos familiares recentemente falecidos, em particular as mães, os pais, os irmãos e irmãs de missionários combonianos, e também de numerosos padres e irmãos combonianos, quer originários da nossa zona, quer confrades que serviram nesta comunidade. (P. Gaetano Montresor, mccj)

Workshop sobre a ecologia integral

Nos dias 3 e 4 de Março de 2023, o escolasticado de Casavatore promoveu um workshop sobre a ecologia integral, animado pelo P. Fernando Zolli e o Irmão Antonio Soffientini, membros da comissão de Justiça e Paz e Integridade da Criação (JPIC) da Província italiana, e por Monica Fioretti e Vittorio Moccia, promotores e apoiantes da resistência dos movimentos de base da Região Campania, contra as descargas dos resíduos tóxicos e a poluição dos solos e do ar.

À luz do “Evangelho da Criação”, das orientações teológicas expressas na encíclica Laudato Si’ e na exortação apostólica Querida Amazónia do Papa Francisco, e das experiências vividas no território – chamado dos antigos Romani Campania Felix e hoje indicada como Terra dos fogos – os escolásticos colheram:

●     O significado da interconexão existente entre a criação e a humanidade;

●     Importância de crescer na consciencialização da destruição que o sistema técnico-científico inflige quer à Mãe Terra, quer aos pobres e excluídos;

●     A urgência de eliminar gradualmente a emissão excessiva para a atmosfera de anidrido carbónico (também conhecido como dióxido de carbono e com a fórmula química CO2), para travar o processo das alterações climáticas;

●     A necessidade de denunciar o saque selvagem e sistemático dos bens comuns, com consequências dramáticas para as populações do Sul do mundo;

●     A importância de crescer no compromisso de assumir a defesa da casa comum, como parte integrante da evangelização.

Como compromissos concretos, os escolásticos adoptaram o Vademecum Laudato Si’ da província italiana, para se educarem a viver os novos estilos de vida e de relações ecológicas; decidiram aderir à Plataforma Laudato Si’ (LSPA), promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, e indicada como prioridade pelo XIX Capítulo Geral do Instituto; e expressaram a sua vontade de crescer na “espiritualidade ecológica”, assumindo o compromisso de realizar novos céus e nova terra, como protectores da criação e dos frágeis, segundo o plano de Deus e revelado por Cristo, «isto é, o desígnio de recapitular em Cristo todas as coisas, tanto as do céu como as da terra» (Ef 1, 9b-10).

PROVÍNCIA DA AMÉRICA CENTRAL

Ordenação sacerdotal de Byron José Valverde Arce

A paróquia de São José Patriarca, na província de Herédia, na Costa Rica, celebrou a ordenação sacerdotal de um dos seus filhos, o diácono Byron José Valverde Arce, dia 25 de Março, Solenidade da Anunciação do Senhor.

Entrado em 2011 no postulantado comboniano, situado no Bairro Sagrada Família, em São José, Byron passou depois em 2015 para o Noviciado Xochimilco, concluído com os primeiros votos a 13 de Maio de 2017, e seguidamente para o Escolasticado de Casavatore (Nápoles, Itália), onde permaneceu até 2021.

Terminados os estudos teológicos, desenvolveu o seu serviço missionário na paróquia de São Luis, Petén, Guatemala, onde emitiu os votos perpétuos a 30 de Setembro de 2022, e recebeu o diaconado pouco depois.

Byron foi ordenado sacerdote por D. Vittorino Girardi, mccj, bispo emérito da diocese de Tilarán-Libéria. Os confrades quiseram mostrar-lhe a sua proximidade espiritual e física participando em grande número na sua ordenação, ao lado da família, amigos e benfeitores.

A paróquia comoveu-se profundamente com este acontecimento único, preparado por uma semana de animação e oração e solenizado por uma vivíssima celebração da festa do seu Patrono, São José.

Durante a jubilosa missa de ordenação, D. Vittorino exortou Byron a continuar a dizer o seu “sim” à missão, à paixão missionária e ao serviço, seguindo o exemplo de Maria, a serva do Senhor. Toda a assembleia fez sua a exortação do bispo com um estridente aplauso.

Rezemos pelos nossos defuntos

*   O PAI: Calixto, do padre Victor Hugo Castillo Matarrita (RCA); Roger Arnaud, do Esc. Tabasse Taramboui Ebed Melek Ruben Dario (RCA); Maurice, do padre Longba Guéndé Godefroy-Médard (RCA).

*   A MÃE: Lindóia Carolina Matzembacher Reghelin, do padre Valnei Pedro Reghelin (BR).

*   O IRMÃO: Giacomo, do padre Rocco Bettoli (A); Giovanni, do padre Carmine Calvisi (I);

*   A IRMÃ: Norina, do padre Gino Melato (I); Paula, do padre Alois Eder (DSP); Evelina, do padre Erminio Pegorari (+1999); Giuseppina, do padre Antonio Di Lella (I); Maria, do irmão Johannes Valentini (DSP).

*   AS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS: Ir. Giovanna Blanchetti; Ir. Stefania Bassan; Ir. Luisa De Berti.