In Pace Christi

Trabucchi Vittorio

Trabucchi Vittorio
Data de nascimento : 25/09/1931
Local de nascimento : Valdidentro/CO/I
Votos temporários : 09/09/1950
Votos perpétuos : 09/09/1956
Data de ordenação : 15/06/1957
Data da morte : 28/04/2009
Local da morte : Milano/I

Tal como o irmão Sandro (†), dois anos mais novo que ele e também ele sacerdote comboniano, cresceu num ambiente de fé profunda, que o acompanhou durante toda a vida e que foi o seu sustento, de modo particular, nos últimos trinta e dois anos que foram marcados por grande sofrimento físico.

Nasceu numa família numerosa e unida. Frequentou a escola apostólica dos combonianos. Tendo entrado no noviciado em Gozzano, emitiu os primeiros votos em 1950 e os perpétuos em 1956. Depois do escolasticado, tendo passado um ano em Rebbio, Sunningdale, Thiene e Venegono respectivamente, foi ordenado sacerdote a 15 de Junho de 1957.

Depois da ordenação, foi enviado para o Uganda onde trabalhou nas missões de Arua-Ediofe e Adumi, no Weste Nile. Participou no Curso de Renovação de Roma (Junho de 1971-Junho de 1972) e depois voltou novamente para o Uganda à missão de Arivu, também no West Nile.

Em Arivu, em 1976 começou a sentir fortes e contínuas dores nas costas, braço e anca. Regressado a Itália, diagnosticaram-lhe um aneurisma no lado esquerdo do coração. Foi transferido para a província italiana e em Itália passou o resto da sua vida: em Verona, Venegono (1977-1991), Rebbio (1991-1999), Gordola (1999-2001) e Milão. O P. Vittorio morreu em Milão dia 28 de Abril de 2009.

Falando da sua doença, a 12 de Setembro de 1977 o P. Vittorio escrevia ao P. Tarcisio Agostoni, o então Superior Geral: «Eu dou graças ao Senhor e vivo com a certeza de que se estou ainda vivo, depois daquilo que me aconteceu, é só porque o P. Bernardo Sartori me obteve esta graça da “Mãe da Igreja” de Arivu».

O P. Spezia, na homilia do funeral, descreve-nos em parte a personalidade e a fé do P. Vittorio.

«Foi um missionário que nunca se esquivou especialmente no serviço pastoral. Um homem disponível, que se gastou e empregou todas as suas energias e forças no ministério sacerdotal, pondo em perigo a sua saúde física. Viveu a sua pertença e a sua identidade de comboniano enriquecendo os outros com o seu espírito missionário, enriquecendo-se, por sua vez, com as diversas experiências nos Grupos de Renovamento Carismático, com os membros dos responsáveis das peregrinações a Lourdes e com os peregrinos que se deslocavam a Medjugorie. Um homem que amava a Palavra e a Liturgia. Um homem que sucumbia sob as provações do sofrimento, mas reencontrava a serenidade do coração ao colocar-se diante de Deus com todo o seu ser. Vieram-me ter às mãos alguns dos seus escritos, uma espécie de diários, que lhe permitiram exprimir o que não conseguia exprimir verbalmente. Três coisas me tocaram particularmente: a palavra “obrigado” que tinha dificuldade em dizer às pessoas mas que no diário aparece muitas vezes, o seu voltar-se para o “Senhor” com grande confidencialidade e confiança e, por fim, a sua “grafia” que se tornava irregular quando a dor o tomava e o impedia de poder escrever».