Na manhã de 1 de novembro, festa de Todos os Santos, o P. Alois Plankensteiner deixou-nos após doença prolongada na enfermaria da Casa dos Missionários Combonianos de Ellwangen (Alemanha). Nasceu em St. Georgen, na província de Bolzano, a 19 de setembro de 1932. Conheceu os Combonianos no decurso do ensino secundário, quando residia no nosso colégio de Bressanone. Entrou no Instituto aos 16 anos, fez o noviciado em Bamberg (Alemanha), onde emitiu os votos temporários a 24 de dezembro de 1958. Continuou os seus estudos de teologia no seminário diocesano de Bressanone, onde foi ordenado a 29 de junho de 1961. Nos primeiros treze anos do seu ministério sacerdotal trabalhou na Província da DSP como formador, superior local e animador missionário. Foi também eleito Assistente geral dos MFSC.
Uma nova fase iniciou para ele quando, em julho de 1974, foi enviado como missionário para a África do Sul, onde trabalhou como pároco em diversas localidades, sobretudo na diocese de Witbank (Middelburg, Nelspruit, Bongani, Witbank), e depois na Arquidiocese de Pretória (Silverton). Dos 25 anos que o P. Alois passou na África do Sul, uma vintena desenrolou-se sob o regime do apartheid, declarado pela ONU um crime contra a humanidade. A história da província da África do Sul é interessante para o nosso Instituto. Um decreto pontifício de 12 de junho de 1923 instituiu a Prefeitura Apostólica de Lydenburg, no Transvaal. No mês seguinte Roma sancionou oficialmente a divisão do Instituto comboniano dos Filhos do Sagrado Coração de Jesus (FSCJ). O tronco de língua alemã assume o novo nome de Missionários Filhos do Sagrado Coração (MFSC) e foi-lhe confiada a nova Prefeitura na África do Sul.
Excetuando algumas visitas esporádicas por parte de sacerdotes de passagem, na zona a eles confiada nunca tinha sido desenvolvido um verdadeiro trabalho pastoral e missionário. Foi este o novo campo que se abriu ao primeiro grupo de Combonianos de língua alemã que chegou à África do Sul em 1924, proveniente diretamente do Sudão.
O P. Johann Maneschg, no seu testemunho, escreve que o P. Alois era estimado devido ao seu temperamento sociável e comunicativo e mais ainda porque era uma pessoa compreensiva, aberta aos sofrimentos e às solicitações das pessoas, que ouvia sempre com paciência dando bons conselhos. Tendo sido ordenado sacerdote nas vésperas da abertura do Concílio Vaticano II, tinha-se moldado segundo o modelo da atualização indicada pelo Concílio. A sua espiritualidade tinha sido profundamente plasmada pelo movimento carismático e a pastoral de sensibilização, reavivada e renovada por este grande acontecimento eclesial. O P. Alois tomou muito a sério este ‘aggiornamento’ através da frequência assídua dos Cursos de Lumko, das Escolas de Inverno, dos cursos sobre a Vida no Espírito e de outras iniciativas de atualização oferecidas a nível local e no estrangeiro, bem como através de regulares estudos pessoais. As suas homilias, baseadas no estudo diário e reflexivo da Sagrada Escritura e pastoralmente orientadas, exerciam um forte impacto nas pessoas. Um ministério particular que muito estimava era o seu empenho nos cursos de preparação para o matrimónio, onde o seu contributo era muito apreciado. Foi durante o período em que era pároco em Witbank (Emalahleni) que a Catedral foi reestruturada em linha com as normas litúrgicas emanadas pelo Concílio Vaticano II. O seu último ministério na África do Sul foi na paróquia de Silverton. Em 1999, mesmo após um pequeno enfarto que tinha tido, foi destinado à DSP.
Permaneceu na comunidade de Milland durante seis anos, onde se empenhou na animação missionária. Com o avançar da doença, em 2005 foi obrigado a ir para Ellwangen, para a Casa para Idosos e Doentes, onde faleceu a 1 de novembro de 2012, com 80 anos de idade. Foi sepultado no cemitério de St. Wolfang Ellwangen.