Segunda-feira, 18 de maio de 2020
Gostaríamos de compartilhar com vocês um pouco do que nós, Regimar e Valmir, Leigos Missionários Combonianos, estamos vivendo durante esse tempo de preparação para a missão. Já deveríamos estar na missão em Moçambique, na África, mas devido à pandemia do coronavírus, os governos fecharam as fronteiras e não nos foi possível ainda partir para a missão. Continuamos na casa de formação e missão dos Leigos Missionários Combonianos em Contagem/MG, no Brasil.

Queridos amigos e amigas, paz e bem!
Gostaríamos de compartilhar com vocês um pouco do que nós, Regimar e Valmir, Leigos Missionários Combonianos, estamos vivendo durante esse tempo de preparação para a missão. Já deveríamos estar na missão em Moçambique, na África, mas devido à pandemia do coronavírus, os governos fecharam as fronteiras e não nos foi possível ainda partir para a missão. Continuamos na casa de formação e missão dos Leigos Missionários Combonianos em Contagem/MG, no Brasil.

Antes da crise do coronavírus, além da formação que recebemos aqui na casa de formação do Ipê Amarelo em Contagem, fomos também à Brasília para fazer um curso direcionado aos missionários que vão para missão em outros países, missão além-fronteira. Depois disso, fomos para São Paulo onde fizemos outro curso. Esses dois cursos nos dão a dimensão do que é ser missionário em outro país.

O curso ad gentes no Centro Cultural Missionário em Brasília teve a duração de 26 dias e nos fez interiorizar, olhar para dentro de nós mesmos. Também nos ajudou a conhecer um pouco do lugar para onde fomos destinados como missionários. Dizemos com certeza que o curso faz a gente pensar e repensar se é isso mesmo que queremos, se queremos continuar no caminho da missão em um outro país ou ficar onde estamos, pois os monitores do curso deixam bem claro quais são as dificuldades que certamente vamos enfrentar e outras dificuldades que podem surgir.

No segundo curso em São Paulo sobre espiritualidade nas cidades que durou oito dias fomos transportados para um mundo além do nosso já conhecido onde fomos levados a encontrar pessoas com uma fé e jeito de ser bem diferentes: de outras religiões, seitas, ateus, orientação sexual diferente, gente que nunca vai à igreja, mas que se dedica ao amor ao próximo a ponto de se doar ao outro, de passar noites na rua para defender os mais necessitados e perseguidos (moradores em situação de rua).

Foi um encontro onde mais do que ouvir falar sobre algo, tivemos contato com muitas realidades concretas, onde fizemos amigos que vamos levar no coração para onde formos. Esses cursos foram muito importantes para nós, de uma riqueza imensa. Depois dos cursos fomos ao Paraná e à Santa Catarina. Lá participamos de conselhos de comunidades, encontros com leigos salvatorianos, encontro com o GEC de Curitiba, com padres combonianos e participamos de celebrações e missas sempre fazendo animação missionária e falando do carisma comboniano, participamos de um programa de rádio em Santa Catarina onde fomos entrevistados sobre a missão.

De volta à comunidade do Ipê Amarelo, em Contagem/MG, continuamos a formação, sempre ajudando na comunidade e nos grupos de trabalho. Valmir, também conhecido como Tito, começou o curso de formação para agentes da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) e eu formei um coral infantil na comunidade. Agora está tudo parado devido à pandemia e quarentena.

No momento, com os trabalhos pastorais parados, criamos uma nova rotina. Aqui somos cinco adultos e quatro crianças do casal de leigos missionários combonianos da Guatemala que vieram ao Brasil como família missionária e residem aqui na casa de formação e missão dos Leigos Missionários Combonianos. Temos a oração de manhã cedo, como já era costume, depois continuamos a formação. Na parte da tarde tem um tempo livre para descanso, depois leitura e exercícios físicos. Deixamos as quintas-feiras livres para recreação, é o dia que mais brincamos com as crianças, elas adoraram essa ideia. Isso é um pouco do que fazemos aqui na casa.

Também tem os momentos de ajudar o povo, seja conversando pelo zap ou ligando, seja doando algum alimento ou de outras formas que vão sendo possíveis, pois o povo vem até nós e não podemos deixar de atendê-los, tomando os cuidados necessários. E assim vamos vivendo esses dias de quarentena, pedindo a Deus que essa crise passe logo e possamos voltar ao normal e finalmente partimos em missão.

Gostaríamos, além da partilha, também de agradecer a vocês pelo carinho e as orações. Tenham certeza que isso nos fortalece muito e nos anima a continuar. Muita gratidão também pela ajuda financeira enviada pelos GECs de São Luís e Timon. É muito valioso para nós contarmos com a contribuição de vocês. Muito obrigado, que Jesus missionário e São Daniel Comboni continuem abençoando a todos.

Finalmente, queremos dizer que estamos unidos na oração e no amor. Peçamos a Deus que toda essa crise do coronavírus passe logo e possamos seguir nossas vidas numa outra normalidade. Rezemos pelas famílias que perderam seus entes queridos, por todos os que estão doentes e por cada um de nós.

Abraços a todos e muita luz no coração.
Regimar e Tito (Valmir), Leigos Missionários Combonianos (LMC)