NOTICIÁRIO MENSAL DOS MISSIONÁRIOS COMBONIANOS DO CORAÇÃO DE JESUS
Nomeação da Santa Sé
D. Tesfaye Tadesse, nomeado membro da DIVCSVA
A 24 de Junho de 2025, soubemos com alegria que o Papa Leão XIV nomeou o nosso confrade D. Tesfaye Tadesse Gebresilasie, bispo auxiliar da arquieparquia de Addis Abeba (Etiópia), membro do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (DIVCSVA). Felicitamos D. Tesfaye por esta nomeação, apresentamos-lhe os nossos mais sinceros votos de um frutuoso serviço à Igreja Universal e asseguramos-lhe as nossas constantes orações.
CONSELHO GERAL
NOTAS GERAIS DO CONSELHO GERAL 35.a – Junho de 2025
Nomeações da Consulta
Na Consulta 35.a, o Conselho Geral nomeou:
Criação do Noviciado de Layibi (Gulu – Uganda)
Para responder à necessidade de encontrar uma solução para o número crescente de jovens que terminaram o postulantado e pedem para entrar no noviciado, o Conselho Geral, em conformidade com o Código de Direito Canónico (§647.1) e a Regra de Vida 139.2, erigiu ad tempus o noviciado continental para as Províncias da APDESAM, de 1 de Julho de 2025 a 30 de Junho de 2027, com sede em Layibi (Gulu – Uganda). A casa, disponibilizada pela província do Uganda, será a que até agora servia de postulantado continental dos Irmãos. O noviciado de Layibi conservará a dedicação a São Daniel Comboni.
O Conselho Geral invoca a protecção e a assistência de São Daniel Comboni, do Beato Giuseppe Ambrosoli e de todos os santos africanos, para que o seu exemplo inspire os nossos futuros confrades que farão a sua iniciação à vida consagrada e missionária nesta casa, e apoie e encoraje os dois confrades que aceitaram o pedido de assumir o encargo da formação dos noviços, D. Giuseppe Filippi e P. Avoga Benjamin, e abençoe os seus superiores que os puseram à disposição para esta iniciativa continental.
Encontro dos Conselhos Gerais da Família Comboniana em Roma
Nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, na Cúria Geral dos Missionários Combonianos, realizou-se o encontro anual dos Conselhos Gerais da Família Comboniana, num clima de oração, reflexão e diálogo. Estiveram presentes os Conselhos Gerais dos missionários e missionárias combonianos, das missionárias seculares combonianas e dos leigos missionários combonianos. Iniciou-se por dar as boas-vindas ao P. Austine Radol Odhiambo, novo membro do conselho geral dos MCCJ. O Ir. Alberto Degan conduziu uma reflexão sobre o tema da esperança (Spes non confundit).
Foi abordado o percurso do último ano e as perspectivas para o futuro, com particular atenção para a difícil situação que se vive actualmente no Sudão. Conscientes do contexto em que se encontra este país, Os missionários e missionárias estão a reflectir sobre se e quando poderão reabrir as casas das comunidades, fechadas por causa da guerra, e em que modalidade. Falou-se também do próximo Fórum de Ecologia Integral que se realizará de 11 a 18 de Novembro, em Belém (Brasil), em ligação com a COP30. Além disso, projectou-se a elaboração de um dossier que evidencie a unidade e a diversidade do carisma comboniano e que poderá vir a ser publicado pelos nossos meios de comunicação social digitais e impressos. Por fim, foi escolhido o tema da interculturalidade para o encontro de 2026.
Primeiras profissões 2025
O Conselho Geral, com um sentimento de gratidão, informa todos os confrades que este ano 41 noviços fizeram a sua primeira profissão no Instituto. Destes, dois são Irmãos. Dezasseis provêm do noviciado de Cotonou, dezasseis do noviciado de Lusaca, cinco do noviciado de Xochimilco e quatro do noviciado de Nampula. O Conselho Geral agradece a todos os promotores vocacionais e formadores que acompanharam estes neo-professos e confia-os à graça de Deus para o seu futuro caminho formativo e vocacional.
Fotos oficiais do Conselho Geral
Muitos confrades perguntaram se seria possível ter uma foto do novo Conselho Geral para expor nas nossas casas. As fotos foram tiradas durante a Consulta de Junho e serão postas à disposição dos superiores de circunscrição que estarão em Roma para a Assembleia Intercapitular de Setembro próximo.
Viagens do Conselho Geral
Os membros do Conselho Geral estarão ausentes de Roma durante os períodos abaixo indicados:
Próxima Consulta
A próxima Consulta Geral realizar-se-á de 6 a 27 de Outubro.
Obra do Redentor
Julho 01 – 15 KE 16 – 31 M
Agosto 01 – 15 MO 16 – 31 MZ
Setembro 01 – 15 NAP 16 – 30 PCA
Intenções de oração
Julho: Para que, como missionários, não nos apoiemos apenas nos recursos humanos e estruturais, mas sobretudo com a força humanizadora do Evangelho. Oremos.
Agosto: Para que em cada canto do mundo possa chegar um missionário que estenda uma mão amiga, pronta a ajudar, e com um coração compassivo, capaz de amar, chorar, rir e rezar juntos a Deus, que ama profundamente cada pessoa. Oremos.
Setembro: Na sociedade actual, em mudança contínua, peçamos ao Senhor a capacidade de escutar as necessidades de toda a Humanidade e de toda a Criação, fazendo gestos de benevolência, de respeito e de cuidado pela Casa Comum. Oremos.
Calendário litúrgico comboniano
JULHO
28 |
Beato Giuseppe Ambrosoli |
Memória |
SETEMBRO
9 |
S. Pedro Claver, sacerdote – Patrono do Instituto |
Solenidade |
Aniversários significativos
AGOSTO
2 |
S. Frumêncio, bispo* |
Etiópia |
15 |
Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria |
RSA (África do Sul) |
23 |
Santa Rosa de Lima, virgem |
Peru, Chile |
28 |
Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja |
Quénia |
* O Martirológio Romano menciona-o a 20 de Julho.
SETEMBRO
9 |
S. Pedro Claver, sacerdote, Patrono do Instituto, solenidade |
Chade, Colômbia |
14 |
Exaltação da Santa Cruz |
em todo o lado |
Publicações
Giulio Albanese, Afriche, inferno e paradiso – Viaggio in un continente dai mille contrasti, Dicastero per la Comunicazione, Città del Vaticano, giugno 2025. pp. 416.
Há muitos que pensam que conhecem a África. Mas o continente que julgam conhecer não é aquele que o padre Albanese, jornalista missionário comboniano, desvenda neste livro cativante e perspicaz, no qual recolhe alguns artigos que publicou no jornal Osservatore Romano entre 2019 e 2024. O autor, especialista em culturas africanas e testemunha directa da excepcional pluralidade, multiplicidade e complexidade do património secular deste continente – daí o uso de Áfricas em vez de África no título –, conduz o leitor numa viagem que desafia preconceitos e desperta um novo conhecimento de um dos continentes mais fascinantes do mundo. Não esconde as vulnerabilidades destas terras – muitas vezes consequências de um terrível passado colonial que produziu e deixou demasiadas cicatrizes –, mas preocupa-se sobretudo em desvendar as tradições seculares que, ainda hoje vivas, sabem moldar as jovens gerações, tornando-as capazes de enfrentar e vencer os desafios do presente e de mudar o futuro, também graças ao contributo das Igrejas cristãs, hoje mais do que nunca dispostas a lançar a semente da esperança num campo impenetrável.
Apaixonado por África, o padre Albanese evita «os estereótipos habituais que a retractam como uma terra de conquista sem limites, feita de savanas, desertos e florestas tropicais, cujos povos, por misteriosas razões ancestrais, seriam refractários ao espírito racional e ao pensamento científico». Em vez disso, pretende «desmistificar certos lugares-comuns, sabendo que este é um continente que constitui um poliedro multifacetado de saberes milenares, lugares, paixões, riqueza cultural e artística». Com um objectivo preciso: «gerar empatia e mais consciência da pertença humana e do destino comum, dedicando uma atenção particular à história e à actualidade das condições das pessoas mais frágeis – os idosos, os jovens, as mulheres e as crianças – porque é nelas que se reflecte, em contraluz, o próprio futuro de África».
CÚRIA
Encontro dos Conselhos Gerais da Família Comboniana em Roma
Movidos pelo desejo de reavivar a esperança na circunstância excepcional do Jubileu, o tradicional encontro anual dos Conselhos Gerais da Família Comboniana (CGFC) realizou-se nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, na Cúria Geral dos Missionários Combonianos. Reuniram-se os membros dos conselhos gerais dos Missionários Combonianos (MCCJ), das Irmãs Missionárias Combonianas (SMC) e das Missionárias Seculares Combonianas (MSC); os Leigos Missionários Combonianos (LMC) foram representados por Alberto de la Portilla, coordenador do comité central. Foram dadas as boas-vindas ao P. Austine Radol Odhiambo, novo membro do conselho geral dos Combonianos (MCCJ), que estava a participar no seu primeiro encontro dos Conselhos Gerais.
Os participantes viveram horas intensas de oração, reflexão e diálogo, ajudados pelo Ir. Alberto Degan, que apresentou uma reflexão intitulada “Spes non confundit – O Espírito, fonte da nossa esperança”.
O encontro começou com uma longa partilha sobre o caminho percorrido pelas várias realidades no último ano (destacando os principais passos dados) e sobre os possíveis desenvolvimentos no futuro próximo.
De seguida, falou-se da situação no Sudão, que preocupa toda a Família Comboniana, sobretudo os Combonianos e Combonianas, que nos últimos anos viram a sua presença reduzida a um pequeno grupo de confrades e irmãs. Se o desejo de regressar ao Sudão, ou de reabrir as comunidades fechadas por causa da guerra, é claro e forte em todos, é igualmente claro que não nos poderemos limitar a um simples “regresso” para fazer o que foi feito no passado, porque o Sudão de hoje já não é o Sudão que conhecíamos. O diálogo prosseguirá com base em informações mais precisas, que esperamos obter em breve.
Falou-se também do Fórum Comboniano de Ecologia Integral, que se realizará em Belém (Brasil), em Novembro, em coincidência com a 30.ª Conferência das Partes (COP30). Deram-se as informações e as indicações necessárias relacionadas com este evento.
Seguiu-se um diálogo com o objectivo de definir como proceder na elaboração de um instrumento comum (um dossier, ou um encarte, a apresentar nas revistas e nos sítios web combonianos, ou a dar a conhecer através de outros instrumentos de difusão da Família Comboniana) que possa pôr em evidência o facto de o carisma comboniano ter a mesma origem carismática, mas vivido com estilos de presença e ênfases metodológicas diferentes, e com uma colaboração frutuosa em contextos geográficos e culturais diversos.
Por fim, foi identificado como tema de grande relevância e interesse comum o da Interculturalidade, que será o tema de fundo do próximo encontro dos CGFC, a realizar nos dias 30 e 31 de Maio de 2026 na Casa Geral das Irmãs Combonianas em Roma.
O encontro terminou com a celebração da Eucaristia da Solenidade da Ascensão do Senhor, presidida pelo P. David Domingues, vigário-geral dos MCCJ. (Irmão Daniele Giusti, mccj)
CÚRIA – Confrades estudantes (CCS)
O padre Fene-Fene Santime Augustin recebe título de mestrado em Psicologia Clínica e Comunitária, em Roma
No dia 18 de Junho de 2025, o padre Augustin Fene-Fene Santime, natural da República Democrática do Congo, concluiu o curso de cinco anos de pós-graduação em Psicologia Clínica e Comunitária na Universidade Pontifícia Salesiana, em Roma, defendendo a tese de mestrado sobre a psicologia da personalidade, com o título francês L'évaluation de la personnalité des candidats à la vie consacrée. Avantages, limites et perspectives (“Avaliação da personalidade dos candidatos à vida consagrada. Vantagens, limites e perspectivas”).
É o próprio padre Augustin que explica que «este estudo nasce da consciência de que, num contexto eclesial profundamente marcado pelas mudanças culturais e antropológicas contemporâneas, a formação dos candidatos à vida consagrada requer um acompanhamento integral, capaz de abarcar todas as dimensões da pessoa humana. Nesta perspectiva, a psicologia – e, em particular, a avaliação da personalidade – revela-se hoje um apoio precioso para o discernimento vocacional, desde que inserido num quadro ético, dialógico e respeitador da liberdade pessoal».
A questão central que orientou a sua investigação foi: “Actualmente, como está a ser integrada a avaliação psicológica na prática da formação?” Para responder a esta questão, realizou um inquérito exploratório dirigido aos formadores, com o objectivo de compreender o grau de acolhimento deste instrumento, as suas aplicações concretas e os limites percebidos no contexto da vida consagrada.
O inquérito envolveu 231 formadores: 5 leigas consagradas, 108 religiosas, 11 religiosos, 33 sacerdotes diocesanos e 74 sacerdotes religiosos. O que é que os resultados do inquérito revelam? O padre Augustin responde: «Os resultados revelam uma grande adesão à utilização da avaliação psicológica (93,5%), considerada útil para aprofundar o conhecimento dos candidatos, favorecer o autoconhecimento e orientar o discernimento. A melhoria das relações interpessoais e uma maior clareza vocacional figuram entre os principais benefícios registados». No entanto, o padre Augustin apressa-se a acrescentar: «Não faltaram elementos críticos: resistência cultural por parte dos candidatos (56,3%), falta de psicólogos especializados (43,7%), percepção da inadequação dos instrumentos em relação ao contexto religioso (41,6%) e competências insuficientes dos formadores na utilização dos dados psicológicos. Apenas 39,4% dos formadores declararam que colaboram regularmente com um psicólogo».
À luz destas observações, a investigação do padre Augustin formulou várias recomendações: reforçar a formação dos formadores na leitura e interpretação dos resultados psicológicos; promover uma colaboração regular e estruturada com psicólogos; adaptar os instrumentos de diagnóstico às peculiaridades da vida consagrada; encorajar uma cultura de avaliação contínua, integrada e benevolente.
O estudo convida-nos também a ultrapassar uma visão puramente técnica da avaliação, para redescobrir o seu valor formativo e humanizador. O estudo explica: «Embora o inquérito tenha privilegiado o ponto de vista dos formadores, abre caminho a novas investigações que envolvam também candidatos e psicólogos, de modo a construir uma compreensão partilhada e tridimensional das dinâmicas de formação. Deste modo, a avaliação psicológica pode tornar-se um autêntico instrumento de amadurecimento pessoal e espiritual, plenamente coerente com os objectivos da vida consagrada».
Depois de um período de férias na sua terra natal, o padre Augustin, já destinado à província comboniana do Malawi-Zâmbia, irá para Lusaca onde assumirá a tarefa de socius do padre mestre no noviciado.
EGIPTO-SUDÃO
Asdiqa' Comboni (“Amigos de Comboni”)
No dia 14 de Junho de 2025, mais de 50 Amigos de Comboni encontraram-se no Centro de Animação Missionária Cordi Jesu, no Cairo. Foi um momento importante de convívio, oração e formação, orientado pela equipa de animadores missionários e centrado na importância de ter amigos que partilham a nossa espiritualidade e rezam pela missão. No centro da reflexão e do debate esteve a visão e os conteúdos do Plano para a Regeneração da África, de São Daniel Comboni.
O P. Giovanni Antonello deu início ao encontro com um momento de oração e depois ajudou a assembleia a compreender que todos nós temos necessidade da ajuda dos outros em algum momento da nossa vida.
Depois de ter dado as boas-vindas aos presentes, o P. Christophe Bamana recordou que o nosso fundador, São Daniel Comboni, tinha muitos amigos na Europa, mas também em lugares de missão. Um dos seus amigos era o governante do Egipto do seu tempo, Ismail Pasha. Este deu ao grande missionário um terreno onde foi colocada a primeira pedra do Cordi Jesu, a primeira igreja dedicada ao Sagrado Coração em África e centro das actividades missionárias de Comboni.
O P. Mina Albeer apresentou então o objectivo do encontro: «Gostaríamos de partilhar com os nossos amigos a nossa espiritualidade e algumas experiências de missão e rezar pela missão».
De seguida, iniciou-se a apresentação do Plano de Comboni. A irmã Amani Boulis, missionária comboniana, sublinhou que o objectivo principal do nosso fundador era chegar às pessoas que vivem no centro de África, porque outras congregações já estavam presentes nas regiões costeiras do continente. Este encontro foi uma óptima oportunidade para reunir os amigos e testemunhar a beleza da missão comboniana hoje.
Inauguração das novas instalações do Comboni College of Science and Technology em Port Sudan
A 28 de Junho, o Comboni College of Science and Technology (CCST) inaugurou as suas novas instalações em Port Sudan. As novas instalações permitirão melhorar a qualidade do trabalho que a Universidade já está a desenvolver com os estudantes de licenciatura inscritos, antes do início da guerra em Cartum, mas abrirão também as suas portas a novos estudantes.
Luca Renda, Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Sudão, elogiou a forma como uma instituição privada como o CCST se integra no desenvolvimento nacional através da colaboração com os Ministérios da Saúde e do Ensino Superior e com a comunidade, neste caso através das actividades da Clínica de Enfermagem, do Hospital de Cuidados Paliativos e dos seus voluntários. Sublinhou também as características do edifício, que é completamente sustentável em termos de energia (através da instalação de painéis solares) e de água, graças ao sistema de recolha da água condensada dos aparelhos de ar condicionado. Com tudo isto, a escola secundária Daniel Comboni também beneficia do edifício, uma vez que o rés-do-chão inclui três salas de aula para a secção feminina.
No domingo, 29 de Junho, começaram os exames nacionais nas escolas secundárias em todo o país. É a segunda vez após o início da guerra, pelo que contam como exames do ensino secundário para 2024. O Ministro da Educação, Dr. Ahmed Khalifa, visitou a Escola Secundária Comboni e o novo edifício do CCST, onde pôde apreciar a qualidade e as características da nossa proposta educativa. Sublinhou a necessidade de incorporar a educação online no Sudão para elevar o seu nível e alargar os seus horizontes.
ITÁLIA
Festa da ACSE na comunidade comboniana de Roma
Domingo, 15 de Junho, realizou-se a festa anual da Associação Comboniana para o Serviço dos Emigrantes (ACSE) na comunidade comboniana de Via Luigi Lilio, em Roma, com uma excelente participação de membros, voluntários e amigos, apesar das altas temperaturas.
O encontro começou com uma reflexão do P. Venanzio Milani, missionário comboniano e presidente da ACSE, sobre o resultado de um dos cinco referendos realizados a 8 e 9 de Junho [na Itália] – aquele que para ele era o mais importante – sobre a “cidadania italiana para os estrangeiros”, que propunha reduzir de 10 para 5 anos o período de residência legal em Itália exigido aos estrangeiros maiores de idade não comunitários para poderem pedir a cidadania italiana. Nenhum dos cinco referendos atingiu o quórum necessário (50% +1). O padre Venanzio comentou: «Foi uma tremenda desilusão... Mas não parámos em termos de serviços prestados aos migrantes e de iniciativas destinadas a fornecer informações correctas sobre o fenómeno».
Três estudantes universitários beneficiários de bolsas de estudo, promovidas pela ACSE, apresentaram a sua experiência e situação actual. Seguiu-se uma reflexão sobre o “Tráfico de seres humanos”, a cargo da irmã Mariarosa Venturelli, missionária comboniana. Segundo as Nações Unidas, estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas são traficadas a nível mundial. Os que mais sofrem são as mulheres, as crianças, os migrantes e os refugiados. A irmã Mariarosa disse: «O nosso empenho na luta contra o tráfico de pessoas está intimamente ligado ao fenómeno da migração. O tráfico de pessoas é um mecanismo perverso que captura e esmaga as pessoas, mas muitos grãos de areia juntos podem ajudar a emperrar as engrenagens sofisticadas do tráfico».
O encontro prosseguiu com a celebração da Eucaristia, presidida pelo superior geral dos combonianos, P. Luigi Codianni, e animada com cânticos congoleses. O encontro encerrou-se com o almoço.
Repensar o modelo de desenvolvimento – iniciativa dos Combonianos em Pádua
Em 2024 e 2025, em Pádua, decorreu um curso de formação inspirado na encíclica Laudato si' do Papa Francisco. O projecto, intitulado “Nel solco della Laudato si'” (Na senda da Laudato si’), previa a organização de 13 eventos – conferências, passeios, espectáculos e encontros – com o objectivo de promover a sensibilização para as crises sociais e ambientais e estimular a mudança dos nossos estilos de vida.
Promovido por um grupo de voluntários, juntamente com os missionários combonianos e os leigos missionários combonianos, e apoiado por organizações e associações locais, o projecto teve origem também no âmbito de uma tese de licenciatura em Ecologia Integral na Pontifícia Universidade Antonianum. O ponto de partida foi o apelo da encíclica: não existem duas crises separadas – ambiental e social – mas uma única crise complexa, que requer uma nova visão cultural.
O ciclo de encontros caracterizou-se pela sua abordagem interdisciplinar, com o objectivo de envolver diferentes perspectivas – científicas, éticas, filosóficas – para abordar a crise ecológica na sua complexidade. O primeiro evento, em Abril de 2024, abriu a reflexão sobre a “Mudança Necessária”, sublinhando a necessidade de uma pedagogia do cuidado e da responsabilidade.
No segundo evento, em Maio de 2024, o tema “Ciência, Ética e Transição Ecológica” questionou a aparente neutralidade da ciência e da tecnologia, salientando o risco de uma deriva tecnocrática.
No final de Maio, foi abordado o tema “O Valor do Capital Natural”, com destaque para os custos ambientais do nosso actual progresso: a pesca industrial, a desflorestação e a exploração dos solos, muitas vezes ao serviço do consumo de alguns, produzem danos e custos que recairão sobre as gerações futuras.
Em Outubro, o Apelo do Centro de Estudos de Economia e Técnica Energética da Universidade de Pádua fez soar o alarme dos cientistas sobre a crise climática, enquanto a “Caminhada pelo Clima” tornou visíveis os desafios da adaptação climática, também nas zonas urbanas.
O encontro “Homens e Árvores”, em Novembro, reiterou a importância de uma informação correcta para lidar com a complexidade. Em 1 de Dezembro, o espectáculo “Clima com delito” encerrou 2024 com um exemplo eficaz de comunicação científica.
Em 2025, as associações envolvidas promoveram eventos sobre temas específicos: a ANACI falou sobre a construção sustentável; os biólogos do Veneto apresentaram acções urgentes para combater as alterações climáticas; o SUMAI de Pádua abordou a poluição por PFAS e fármacos, salientando os riscos para a saúde humana.
O último evento, em 30 de Maio de 2025, “Acções necessárias para um bem-estar diferente”, contou com a presença dos promotores do curso e de representantes das várias instituições e universidades. Durante o encontro, foram apresentados dois instrumentos concretos: o vademécum “Eu tenho um impacto menor” e o filme coLibriamoci. As reflexões finais, confiadas a um economista, um cientista e um filósofo, reafirmaram a necessidade de repensar profundamente o nosso modelo de desenvolvimento.
Como organizadores – religiosos, leigos combonianos e voluntários – aprendemos muito com este percurso. A Laudato si' revelou-se um texto transversal e profético, dirigido a todas as pessoas de boa vontade. Compreendemos a importância do trabalho em rede, do fazer comunidade e da colaboração entre saberes, como demonstrou a generosa participação de professores das Universidades de Pádua, Milão Bicocca, Verona, do Mario Negri de Milão e de institutos teológicos.
O projecto abordou questões cruciais – da tecnocracia à justiça social, dos valores espirituais à urgência ecológica – demonstrando que cada pessoa pode contribuir para a mudança. É necessária uma consciencialização, e essa consciencialização esteve no centro de todo o percurso: compreender para agir, redescobrir a ligação entre o nosso estilo de vida e a saúde da Terra. (Padre Gaetano Montresor, Leigos Missionários Combonianos, Margherita Sedino e Colibanda)
Nova paróquia em Pescopagano di Mondragone
Em Pescopagano, uma pequena aldeia do município de Mondragone (Caserta), iniciou-se uma nova fase pastoral com a chegada dos Missionários Combonianos à paróquia de São Caetano de Thiene. O início oficial do mandato teve lugar no domingo 29 de Junho, festa dos Santos Pedro e Paulo, com uma celebração presidida por D. Giacomo Cirulli, bispo de Teano-Calvi, Alife-Caiazzo e Sessa Aurunca.
Inspirado no testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo, o bispo confiou aos missionários a delicada tarefa de promover a unidade, a harmonia e a fraternidade num contexto social complexo, marcado pela forte presença de imigrantes e por tensões étnicas, religiosas e culturais. Sublinhou a importância de reconhecer que «todos somos um em Jesus Cristo, para além das diferenças». Os Combonianos estão presentes desde há décadas na região da Campânia, especialmente na diocese de Cápua, empenhados em ajudar os mais desfavorecidos: imigrantes, mulheres e crianças. A sua acção vai da assistência material e educativa à promoção da justiça social e ambiental, dos direitos humanos e da paz.
Na cerimónia de tomada de posse, para além do bispo, estiveram presentes vários sacerdotes da diocese. À frente da paróquia estarão os padres Daniele Moschetti, Filippo Ivardi e Daniel Gbedenygna.
MOÇAMBIQUE
Assembleia provincial em Nampula
Os missionários combonianos presentes em Moçambique reuniram-se em assembleia de 16 a 22 de Junho de 2025 no Centro Sócio-Pastoral Paulo VI de Anchilo, Nampula, no Norte de Moçambique. A assembleia provincial contou com a presença de todos os confrades, à excepção dos padres Juan Sánchez Arenas, José Júlio Marques e Alberto Vieira, por motivos justificados. Estiveram também presentes, no primeiro dia, a Ir. Guadalupe Alejandra Mancilla, superiora provincial das Irmãs Combonianas em Moçambique e Zâmbia, e dois representantes dos colaboradores e amigos de Nampula, conhecidos como os “Padrinhos MCCJ”, cuja actual coordenadora é a senhora Zainabo Aníbal.
A assembleia começou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo padre José Joaquim Luís Pedro, superior provincial, que apelou aos presentes para serem generosos e viverem o amor fraterno nas comunidades. Depois, na abertura da assembleia, convidou os participantes a «afinar o olhar, a aperfeiçoar o discernimento e a ter a coragem de fazer novas escolhas».
Um convite em sintonia quer com o tema escolhido para a assembleia – «Peregrinos da esperança no caminho da requalificação da missão, da formação e da sustentabilidade económica» – quer com os objectivos da assembleia: «Retomar os desafios do XIX Capítulo Geral e abraçar de novo os compromissos do Plano Sexenal 2022-2028».
Durante a assembleia, houve momentos de oração pessoal e comunitária, a apresentação de conteúdos de formação permanente, a apresentação dos relatórios do conselho provincial, das comunidades e dos vários secretariados, bem como trabalhos de grupo e sessões plenárias.
Os principais temas tratados foram a missão, a formação e a situação económica da província. Os que mereceram maior atenção foram: o número excessivo de candidatos (superlotação) nas casas de formação, o reforço das equipas de formação (mais formadores), a necessidade de aumentar o número de confrades em cada comunidade, a urgência de promover os colaboradores e benfeitores locais através da Obra do Redentor e a possibilidade de alugar algumas das nossas casas.
Augurou-se ainda que a celebração dos 80 anos de presença comboniana em Moçambique (1946-2026) seja uma excelente oportunidade para revitalizar a nossa vocação e missão em Moçambique, enfrentando com profecia os desafios actuais da Igreja e da sociedade moçambicanas.
As sessões, realizadas num clima de serenidade e fraternidade, foram muito produtivas. Os participantes expressaram a sua gratidão pela preparação e realização deste importante momento de discernimento para a nossa circunscrição.
A assembleia terminou no sábado, dia 22, com uma missa presidida pelo padre José Joaquim que, na sua homilia, convidou todos a colaborarem na concretização das propostas feitas na assembleia e a confiarem na Providência. Concluiu dizendo que tudo isto só será possível se todos cultivarmos uma sólida espiritualidade, condição essencial para a fecundidade da nossa pastoral missionária comboniana
(P. Sergio Mario Vilanculo, mccj)
PORTUGAL
Cinfães homenageia o padre José da Silva Vieira
A 10 de Junho de cada ano, os portugueses celebram o “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”. Este dia comemora a morte do poeta nacional Luís de Camões, o reconhecimento oficial da língua portuguesa como língua nacional e as Comunidades Portuguesas no Estrangeiro. É uma ocasião para organizar eventos culturais em todo o país: espectáculos, concertos, exposições e desfiles para homenagear a história e a identidade portuguesas. É também uma festa de cada concelho, e os autarcas aproveitam para homenagear alguns cidadãos “dignos de louvor”.
O padre José da Silva Vieira, de férias da sua missão na Etiópia, foi um dos cidadãos escolhidos pelo presidente da Câmara Municipal do seu concelho, Cinfães, localizado no distrito de Viseu, para ser homenageado durante a cerimónia oficial realizada no centro cultural local.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal, Serafim Rodrigues, explicou o motivo desta homenagem ao padre José Vieira, salientando «o percurso excepcional que o missionário percorreu, sempre ao serviço dos outros, sobretudo nas missões por onde passou, divulgando a mensagem do Evangelho das mais diversas formas e fazendo da sua própria vida, totalmente gasta pelos outros, uma clara mensagem de paz e comunhão». E acrescentou, dirigindo-se directamente ao padre Vieira: «Mas há ainda outra razão: o seu profundo amor à terra de Cinfães. Por isso, caro padre José, o Município agradece o facto de um dos seus filhos levar ao mundo não só a mensagem da fé, mas também o nome da terra que o viu nascer».
Inicialmente, o padre José Vieira tinha estado inclinado a recusar o convite, mas depois aceitou. E coube-lhe também a ele dirigir-se às muitas pessoas presentes. Eis o seu breve discurso.
Obrigado – «Confesso-me avesso a este tipo de eventos. Quando mo propuseram, pensei duas, três vezes! Aceitei esta homenagem em nome da fé das gentes de Cinfães com quem aprendi a vida e o crer que partilho através do meu serviço missionário de doze anos com os gujis, no Sul da Etiópia, mais sete com os sul-sudaneses e uns breves nove meses no México.
Sou humilde testemunha do Evangelho da graça de Deus. Faço-o em vosso nome e com a força da vossa amizade solidária. O serviço missionário é um privilégio único e fonte de alegria e vitalidade. É uma experiência humana ímpar partilhar a vida com pessoas que nem sequer sabia que existiam e que me receberam como seu.
José Tolentino de Mendonça, o cardeal-luzeiro das letras e espiritualidade contemporâneas, escreveu: «Quando entrego a vida como dom é que ela se multiplica. Quando me abandono é que me encontro. Quando digo “a minha vida é tua” é que ela me pertence verdadeiramente. A vida será uma aventura fecunda se estivermos seguros desse amor». A missão faz-me habitar esta realidade todos os dias!
Sou filho de Cinfães e tenho uma vaidade imensa nas minhas raízes. Até na pronúncia! Quando vivi em Lisboa, muitas pessoas comentavam: «O senhor padre é do Norte!». Sou de Cinfães com muito orgulho e convicção. E também com responsabilidade. Sou vosso embaixador nas sete partidas do mundo!
Muitos da minha e de outras gerações estamos na diáspora por motivos profissionais, familiares ou por razões vocacionais – como eu. Deixamos Cinfães, mas Cinfães não nos largou. O apelo do ninho que nos acolheu ao nascer, terra mágica alcandorada entre o rio e a serra, modelou o nosso caracter. Somos resilientes e fortes como o granito do Montemuro. Somos tranquilos – e diria mesmo poetas contemplativos – como as águas amansadas do Douro que nos corre aos pés.
Cinfães mais do que uma localidade perdida no mapa das acessibilidades difíceis, é uma identidade que nos forja, uma marca indelével que nos acompanha, sinal de pertença e de identificação pessoal e comunitária.
Agradeço do fundo do coração este reconhecimento a Deus em quem nos movemos, respiramos e existimos. Depois ao senhor Dr. Serafim Rodrigues, presidente da câmara em exercício, sobretudo pela amizade que nos liga há longos anos. E a todos e cada uma e cada um de vocês, pela cercania. Que o Senhor da Vida e da Missão nos abençoe a todos.»
Encontro dos confrades com mais de 70 anos em Viseu
De 11 a 13 Junho de 2025, realizou-se em Viseu o já habitual encontro para os confrades da província com mais de setenta anos de idade. Esta iniciativa do secretariado da formação permanente visa ajudar os confrades nesta faixa etária a manterem activa a dimensão da formação permanente nas suas vidas.
Se o encontro do ano passado foi centrado nos cuidados (médicos e outros) a ter em conta no processo do envelhecimento mental e físico (orientado pelo Irmão Jorge dos Irmãos de S. João de Deus), o deste ano afrontou ao tema do “Relacionamento entre as pessoas na idade avançada” e foi orientado pela Irmã Paula Carneiro, das Irmãs Hospitaleiras da Idanha, com um acompanhamento do dia de reflexão em duas sessões via zoom.
A originalidade da reflexão esteve no facto que a Irmã Paula fez a sua abordagem do tema a partir da carta encíclica Dilexit Nos, apresentando o Amor de Cristo como modelo das relações na fraternidade apostólica, e sublinhando a importância do coração como lugar de encontro e comunhão entre as pessoas, e de construção de relações fraternas. O coração tem a ver com a comunicação com os outros, de uma dupla maneira: primeiro, como lugar da própria autoconsciência, isto é, da consciência que temos de nós próprios e da própria identidade; segundo, como lugar da consciência da alteridade, dos outros e da própria identidade, do Outro e da Sua Presença.
A reflexão entre os participantes, que se seguiu às exposições, guiou-se por três perguntas sugeridas pela Irmã Paula:
– Que dons existem em mim que favorecem a comunicação fraterna?
– Quais as resistências, presentes em mim e que não se veem, à vida em fraternidade?
– Nesta etapa da vida que é que o Senhor me está a pedir?
A partilha mostrou-se fecunda, no sentido de recuperar os dons pessoais para a comunicação na comunidade e de superar as resistências. Este regresso ao coração na vida fraterna torna-se de particular importância numa comunidade missionária e apostólica, como é sempre a comboniana, mesmo aquela constituída por pessoas idosas. Poderemos “perder os sentidos físicos na velhice, mas não podemos perder os sentidos espirituais do coração” para reconhecer os sinais de Deus e vivermos em comunhão com Cristo e com os outros.
O segundo dia do encontro foi dedicado a uma agradável excursão às alturas da Serra da Estrela, concretamente a São Romão, em Seia; visitámos o Museu Natural da Electricidade, celebrámos a Eucaristia e subimos à Lagoa Comprida depois de termos saboreado um bom almoço, regressando a Viseu no fim da tarde.
Os agradecimentos dos participantes foram para a Comunidade de Viseu (particularmente ao P. Xavier), para a comissão da formação permanente, com os votos de que no próximo encontro sejamos mais e, naturalmente, mais rejuvenescidos. (P. Manuel Augusto L. Ferreira, mccj)
UGANDA
Consagração da Catedral do Amor Misericordioso de Jesus em Moroto
Num dia que ficará gravado nos corações e nas mentes da nossa comunidade, a Catedral do Amor Misericordioso de Jesus, na Diocese de Moroto, no nordeste do Uganda, foi solenemente consagrada no sábado, 24 de Maio de 2025, assinalando um marco significativo na nossa caminhada de fé. A cerimónia, na qual participaram paroquianos de toda a diocese e das dioceses vizinhas, religiosos e religiosas, líderes comunitários e convidados de honra – incluindo, em particular, Sua Excelência Jessica Alupo, Vice-Presidente da República do Uganda, e o Embaixador de Itália no Uganda – foi um esplêndido testemunho do nosso empenho no crescimento espiritual, na unidade e no serviço.
O evento começou com uma alegre procissão e a abertura das portas da catedral, presidida pelo núncio apostólico em Uganda, D. Luigi Bianco, acompanhado por sete bispos: D. Damiano Guzzetti (diocese de Moroto), D. Emmanuel Obbo (arquidiocese de Tororo), D. Dominic Eibu (diocese de Kotido), D. Eciru Joseph Oliach (diocese de Soroti), D. Sabino Ochan Odoki (diocese de Arua), D. Giuseppe Filippi (bispo emérito de Kotido), D. John Baptist Odama (arcebispo emérito de Gulu), juntamente com numerosos sacerdotes locais e fiéis leigos. No ambiente pairava uma sensação de reverência e alegria, enquanto milhares de pessoas se reuniam para assistir a este acontecimento sagrado. A igreja, adornada com flores e decorada com bandeiras coloridas, transformou-se numa verdadeira tapeçaria de fé, esperança e comunidade.
Durante a consagração, o núncio proferiu uma homilia comovente sobre a importância desta igreja-catedral como santuário de culto, fraternidade e missão. Sublinhou que esta nova catedral, que substitui a Catedral Regina Mundi, é muito mais do que uma estrutura física: é um lugar e um sinal da presença de Deus no meio do seu povo, um lugar onde nascem amizades, se transformam as vidas e se partilha o amor de Deus. Afirmou também que a catedral é a igreja do bispo, a mãe de todas as igrejas da diocese, e nela a Igreja de Cristo – una, santa, católica e apostólica – está presente e vive.
A assembleia escutou atentamente, reflectindo sobre as muitas bênçãos que a nossa Igreja trouxe às suas vidas.
Após a homilia, teve lugar o rito da consagração, durante o qual foram concedidas bênçãos sagradas à igreja e o altar foi dedicado como ponto central do culto através da unção com óleo crismal; a unção foi também efectuada nas paredes da igreja. O rito incluía a aspersão com água benta para simbolizar a vida nova e a purificação, o acender das velas e a bênção do tabernáculo.
O acompanhamento musical durante toda a celebração eucarística, assegurado pelo nosso talentoso coro e pelos seus músicos, encheu a igreja de hinos alegres e melodias sagradas, contribuindo para aumentar a atmosfera espiritual do evento. A assembleia participou em harmonia, criando um inspirado coro de vozes que reflectia a alegria da ocasião.
Muitos expressaram a sua gratidão pelos esforços incansáveis de todos os que contribuíram para a construção da catedral, desde os doadores aos trabalhadores e projectistas, passando pelos voluntários que dedicaram inúmeras horas, meses e anos para tornar este sonho uma realidade. (Damiano Guzzetti – Bispo de Moroto)
REZEMOS PELOS NOSSOS DEFUNTOS
A MÃE: Elisabeth, do irmão Bernhard Hengl (DSP).
O IRMÃO: Julio, do padre Rubio Aguerri José (E); Hubert, do Padre Josef Gerner (DSP).
A IRMÃ: Beatriz, do padre Huamán Inga Máximo (PE); Rocío ("La Nena"), do padre Aguiñaga Pantoja Guillermo (MEX).
IIRMÃS COMBONIANAS: Ir. Giancostanza Ramus (I); Ir. Milena Agata Zanet (I); Ir. Bianchi Laura (I).