In Pace Christi

O Ir. Francesco Ragnoli nascera a 15 de Outubro de 1925 em Mazzano, na província de Brescia, de Bortolo e Maria Maccarinelli. Depois do ensino elementar os pais, que queriam que ele fosse alfaiate e cabeleireiro, mandaram-no para Brescia, onde conheceu os Missionários Combonianos e amadureceu a ideia de ser Irmão Comboniano. Assim, em 1941, entrou na casa do Instituto em Brescia.

Foi mandado para Thiene (Vicenza) para a Casa de formação para Irmãos, onde em dois anos fez os três do ensino básico. Seguidamente, foi transferido para o noviciado de Venegono Superior onde a 15 de Agosto de 1945 fez os votos temporários. Foi depois mandado para a Casa Mãe de Verona, como encarregado da alfaiataria. Foi nesse período que começou a exercitar-se em várias artes: escultura em gesso, pintura, entalhe em madeira, etc.

Em 1952 foi destinado ao Sudão, ao Instituto Profissional de Cartum, como professor de disciplinas técnicas, desenho industrial e artístico, prática de oficina, às quais acrescentou algumas matérias nas quais era especialista, como a laboração do vidro e a alfaiataria. Nos diários das missões o Ir. Francesco é denominado quase sempre como arquitecto e construtor, sector no qual era muito hábil e tinha muitas ideias novas.

Em 1971, do Norte, foi mandado para o Sul do Sudão, para Juba, para fazer trabalhos de reparação numa escola. Em 1972 refez o altar da igreja de Omdurman segundo as indicações do Concílio Vaticano II (voltado para o povo) e escondendo o vigamento das asnas e as estruturas de zinco com um tecto por ele mesmo decorado. Nesses anos, executou muitíssimos trabalhos de construção, restauro e decoração. Digno de nota é o trabalho de minúcia que fez, por volta de 1980, na abside de uma igreja de Port Sudan, onde colocou 14.000 conquilhas de madrepérola do Mar Vermelho.

Em 1993 o Ir. Francesco foi destinado ao Egipto, uma destinação que ele teve dificuldade em aceitar. Apesar disso, empenhou-se como sempre ao máximo para prestar o seu serviço.

Em 1995 foi novamente destinado à província de Cartum, embora trabalhando quer no Norte quer no Sul do Sudão. Em Julho de 1998 passou um período de repouso e tratamentos em Itália. Em 2000, teve um colapso físico e psicológico; transportado de urgência a Cartum, permaneceu no hospital cerca de um mês. Teve depois de deixar definitivamente Malakal, onde tinha passado muitos anos. Dia 25 de Março partiu para Itália. No dia 1 de Janeiro de 2002 foi novamente destinado ao Egipto, mas no ano seguinte preparava-se para o regresso definitivo a Itália. Após 53 anos vividos em África, em 2003 voltou para Itália, para Rebbio (Como). Transferido por alguns meses para Brescia, em Setembro de 2004 foi mandado para Milão, onde morreu a 25 de Dezembro de 2011.