O P. Antonio Franzini nasceu a 16 de Março de 1933 em Grosio, província de Sondrio, único rapaz de seis filhos. No Outono de 1953, entrou no noviciado de Gozzano. Alguns meses antes, o pároco de Ravoledo de Grosio, na carta com a qual dava informações sobre o «seminarista Franzini Antonio meu paroquiano, que deseja entrar no Instituto Comboniano», pedia orações para que o Senhor «suscite outras vocações na minha paróquia, sendo o seminarista uma das primeiras vocações depois de mais de 20 anos»!
O P. Antonio emitiu os votos temporários a 9 de Setembro de 1955, foi ordenado sacerdote a 31 de Maio de 1958 e fez a profissão perpétua a 19 de Março de 1959.
Passou os primeiros quatro anos de sacerdócio em Itália, primeiro na paróquia em Riccione mar e depois nas escolas Apostólicas de Carraia e Rebbio.
Em Outubro de 1962, foi destinado ao Uganda do Norte. Até finais de 1966 trabalhou entre os Madi, uma tribo nilótica, confinada pelos Acholi nas margens do rio Nilo, zona pedregosa e rica de símios e mosquitos.
A língua dos Madi é uma língua difícil, mas «depois de um mês apenas da minha chegada à missão – escrevia o P. Antonio recordando aqueles anos nos seus escritos pelo cinquentenário sacerdotal – podia acompanhar o catequista nas aldeias e escrever as primeiras homilias… conhecendo pouco o inglês, convinha-me falar em madi, assim desculpava-me dos erros, porque “hóspede”». Em Pakele fui recebido pelo pároco, P. Anton Spugnardi, aberto e optimista e foram «dois anos maravilhosos». A zona pastoral do East Madi era muito vasta. O P. Antonio fazia os safaris em bicicleta ou em motorizada, seguido pelos bagageiros. «Por causa do isolamento das gentes, afastadas das estradas e dos centros habitados, as crianças cresciam sem Baptismo e sem instrução. A passagem do missionário punha em ordem alguma coisa, depois ficavam sós. Os Madi converteram-se em massa ao catolicismo e, mesmo se preguiçosos em frequentar a oração e os sacramentos, eram ciosos de ser católicos. De vez em quando, os muçulmanos tentavam-nos com sapatos e cobertores. Os Madi recebiam os presentes, mas não mudavam de religião. Entre os Madi houve também os primeiros sacerdotes, bastante fiéis e zelantes. Em Gulu floresceram também as primeiras religiosas africanas que fizeram muito bem».
De 1967 a 1974, o P. Antonio foi mandado para entre os Alur da montanha, muito hospitaleiros. Encontrou-se bem quer quanto ao clima quer quanto à língua, muito mais fácil que o madi, e quer também quanto ao apostolado, «porque os catequistas eram zelantes, ainda que um pouco idosos».
Na Páscoa de 1969 regressou a Itália para as primeiras férias e, em 1970, fez o Curso de Renovamento em Roma. No início de 1974 voltou para entre os Madi, em Adjumani, para ajudar o P. Eugenio Caligari, que ficou só para as missões do East Madi. «Para mim foi um período fecundo e muito interessante, pelo entendimento perfeito entre nós os dois. O P. Caligari tinha uma mente aberta e foi sempre homem de grande generosidade e optimismo».
Dois anos depois, voltou para entre os Alur e depois, na Páscoa de 1980, regressou a Itália e ficou em Rebbio como animador até Dezembro de 1985. Depois de um brevíssimo regresso ao Uganda, voltou para Itália em Julho de 1987. A partir de Junho do ano seguinte, trabalhou em Thiene como ecónomo. Em 1996 foi destinado a S. Tomìo, onde ficou até 2009, empenhado no ministério, em particular com a adoração eucarística e as confissões.
De 2009 a 2017 o P. Antonio esteve em Rebbio, com diversos problemas de saúde. Em 2018 foi transferido para o CAA de Milão, onde faleceu a 25 de Dezembro de 2019.