Sexta-feira, 2 de Maio de 2025
A festa dos nossos familiares é uma tradição anual que já vem desde os inícios dos missionários combonianos em Portugal. É uma iniciativa que está estreitamente ligada à nossa vocação e faz parte dos laços que não podem nem devem ser desfeitos. Foi, pois, no dia 27 de Abril, domingo de Pascoela, que nos encontrámos na nossa casa comboniana de Famalicão.
Os missionários e seus familiares vieram em grande número. Logo à chegada, foi notório o clima de à-vontade, onde ninguém era estranho a ninguém. Como se fôssemos todos membros de uma mesma família. E, de facto, é verdade. Somos uma família missionária.
Mas a festa não parou em Famalicão, tendo-se alargado até aos quatro cantos do mundo onde outros combonianos portugueses se encontram atualmente na tarefa da evangelização. Foi esta a ideia claramente apresentada pelo padre Fernando, superior provincial, no encontro-assembleia, a meio da manhã, de onde saímos com a ideia reforçada de que a nossa missão é tão vasta como o mundo.
Foi uma boa ocasião para reavivar os laços de união dos familiares com os seus missionários, com destaque e relevo especial dos que recentemente regressaram a Portugal, assim como também dos que ainda continuam na evangelização em terras de além-mar. Neste contexto, os padres José Arieira e Feliz Martins foram convidados a oferecer aos participantes o seu testemunho a respeito das nossas missões assoladas pela guerra, respetivamente, no Congo (RDC) e no Sudão. De facto, estes são dois países onde alguns combonianos ainda continuam a oferecer, nos dias de hoje, entre muitas dificuldades, o seu serviço missionário.
Depois de nos ouvirmos uns aos outros e reforçarmos a nossa amizade como família missionária, recapitulámos tudo aos pés do Senhor da messe, na celebração da Eucaristia. Tendo saboreado a sua Palavra e o seu Corpo e Sangue à volta do altar, passámos então à outra mesa, onde fomos reconfortados com o delicioso almoço.
Na despedida, alguém, enquanto mostrava com agradecimento o porta-chaves com o logotipo do Instituto comboniano, quis ler em voz alta: «Peregrinos da esperança com São Daniel Comboni». Em seguida, num gesto espontâneo, alguns tiraram também do bolso a mesma recordação que tinham recebido nesse lindo dia. Outros ainda gostaram de comentar: «Peregrinar com Comboni, sim, este ano e sempre».
P. Feliz da Costa Martins, mccj